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Capital

Agentes penitenciários cruzam os braços por reajuste salarial em todo Estado

Ato que marcou o início da greve na Capital foi "tímido" e contou com a participação de 15 agentes

Guilherme Henri e Bruna Kaspary | 16/10/2017 09:40
Cartazes informando sobre a greve foram colocados nos portões da Máxima (Foto: Marina Pacheco)
Cartazes informando sobre a greve foram colocados nos portões da Máxima (Foto: Marina Pacheco)

Agentes penitenciários de Mato Grosso do Sul cruzaram os braços nesta segunda-feira (16) para pedir reajuste salarial e melhores condições de trabalho. Com a greve, todas as atividades nas unidades penais serão suspensas, incluindo banho de sol e visita aos presos.

O ato que marcou o início da greve na Capital foi “tímido” e contou com a participação de cerca de 15 agentes em frente ao Presídio de Segurança Máxima. A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) afirma que a paralisação das atividades é considerada ilegal e que cumprirá todos os procedimentos judiciais que forem determinados.

Conforme o presidente do sindicato dos agentes penitenciários, André Santiago, a previsão é de que a greve se estenda até domingo (22), entretanto, caso não tenha efeito o movimento pode não ter data para acabar.

Presidente do sindicato dos agentes penitenciários André Santiago (Foto: Bruna Kaspary)
Presidente do sindicato dos agentes penitenciários André Santiago (Foto: Bruna Kaspary)

“Também estarão suspensos o atendimento jurídico, os internos não poderão sair das celas para estudar ou trabalhar e os agentes não irão receber presos de delegacias apenas se forem de outros Estados”, detalha o sindicalista, afirmando que 90% de todas as atividades foram paralisadas. “Se não tem visita para que liberar os detentos? Para ter rebelião?”, alega Santiago.

A categoria pede um reajuste de 16%, que conforme o sindicalista é referente aos três últimos anos onde foi reposta apenas a inflação no salário do agente penitenciário. “O salário do agente penitenciário de MS é o mais baixo da segurança pública”, destaca Santiago, sobre o salário base de R$ 3,1 mil.

Além da reposição salarial, os agentes reivindicam mais segurança, a contratação dos 91 concursados remanescentes do concurso e reposicionamento dos servidores.

Santiago ainda lembra que desde o dia 9 deste mês os agentes do Estado respeitam o protocolo de segurança e cumprem o que determina a lei, que determina cinco presos por servidor, o que implicou na lentidão de alguns serviços.

Estado- Por meio de nota, a Agepen informou que todos os procedimentos de segurança nos presídios do Estado continuam em funcionamento normal, inclusive atendimentos oferecidos aos presos como banho de sol e alimentação, e demais setores como jurídico, psicossocial, de saúde e trabalho estão parcialmente funcionando.

A Agepen destaca que não haverá prejuízo na assistência aos presos e na segurança dos estabelecimentos penais. Além disso, está acompanhando todos os trabalhos desenvolvidos nos presídios e, conforme decisão judicial, a paralisação das atividades é considerada ilegal e a Agepen cumprirá todos os procedimentos judiciais que forem determinados.

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