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Capital

Agepen quer aprimorar assistência religiosa nos presídios de MS

Flávia Lima | 09/06/2015 13:30
Religiosos se reúnem com direção da Agepen para estruturar  melhor atividades religiosas oferecidas aos detentos. (Foto:Divulgação)
Religiosos se reúnem com direção da Agepen para estruturar melhor atividades religiosas oferecidas aos detentos. (Foto:Divulgação)

Com o objetivo de ampliar e oferecer um aprimoramento da assistência religiosa dentro dos presídios do Estado, a Agepen vem estudando formas de tornar mais acessível as atividades religiosas dentro das unidades prisionais.

O projeto tem como base estudos de especialistas, que apontam a assistência religiosa como um dos meios mais efetivos para a ressocialização de custodiados. De acordo com o diretor-presidente da Agepen, Ailton Stropa Garcia, em breve serão promovidas reuniões coletivas com diferentes denominações religiosas no sentido de equacionar as demandas necessárias. “Nosso objetivo é que nos tragam os reclames e sugestões para que possamos melhorar o tratamento penal oferecido”, destaca o dirigente.

Entre as ações já previstas está a revisão de uma Portaria instituída ano passado pela agência penitenciária, que regulamenta as regras para o ingresso de agentes religiosos nos estabelecimentos penais de Mato Grosso do Sul.

O assessor jurídico da Pastoral Carcerária Nacional, Paulo Malvezzi, que esteve no Estado participando de uma assembleia estadual, reuniu-se com o diretor-presidente da Agepen e apresentou sugestões para fortalecer o trabalho espiritual oferecido nos presídios.

Durante o encontro, os representantes da Igreja Católica também sugeriram mais ações sociais, como de assistência material, principalmente voltadas às mulheres, consideradas a parte mais vulnerável da massa carcerária.

Segundo Malvezzi, apesar de ainda necessitar de ações efetivas e de uma maior atenção, Mato Grosso do Sul se destaca positivamente no cenário nacional com relação ao tratamento penal e assistência religiosa ofertada nos presídios.

A reunião com todas as denominações religiosas que prestam assistência em unidades prisionais do Estado está em fase de organização, mas o sistema penitenciário está receptivo aos agentes que prestam serviços de capelania, de acordo com Ailton Stropa.

“Há pouco mais de um mês, por exemplo, me reuni com representantes da Igreja Batista e discutimos a necessidade de se regulamentar o serviço de capelania prisional no Estado, buscando a padronização nos atendimentos, bem como o acompanhamento e a abordagem junto ao agente religioso”, explica. Conforme ele, a assessoria jurídica da agência penitenciária já está trabalhando na minuta da regulamentação.

Dentro da iniciativa de expandir a assistência religiosa, a Agepen está desenvolvendo em parceria com Associação Nova Criatura um curso livre de Teologia no Instituto Penal de Campo Grande. São parcerias no projeto a Primeira Igreja Batista, Igreja Batista Boas Novas e a Escola de Treinamento Ministerial.

Durante o curso, coordenado pelo pastor Marcos Ricci, é oferecido um ensino bíblico com conteúdo programático e apostilado. Atualmente, 87 internos do IPCG participam da qualificação, realizada aos sábados, no período da manhã.

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