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Capital

Águas de abril alagam ruas, casas e até a garagem do Paço Municipal

Aline dos Santos e Mariana Lopes | 05/04/2013 10:18
Bernal encontrou garagem da Prefeitura alagada. (Foto: Reprodução/Facebook)
Bernal encontrou garagem da Prefeitura alagada. (Foto: Reprodução/Facebook)

A chuva de 45,6 milímetros da manhã desta sexta-feira trouxe transtornos para donos de casas alagadas, condutores que enfrentaram a enxurrada e até para o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), que encontrou a garagem do Paço Municipal, na avenida Afonso Pena, inundado.

Com as casas invadidas pela água barrenta da enxurrada, moradores da rua Manoel Moreira, no bairro Izabel Garden, na saída para Cuiabá, culpam obra da administração municipal pelo alagamento. De acordo com o aposentado Vanderlei Ramos da Silva, de 42 anos, dono de uma cinco casas alagadas, o problema começou com a remoção de terra para nivelar o terreno onde será construído um residencial.

A terra, depositada em montes, desce pela rua sem asfalto e invade as residências. “Não tenho mais paz. Agora é assim toda vez que chove”, reclama Vanderlei da Silva. Ele conta que a obra que provoca todo o transtorno começou há um mês.

“Ontem choveu bastante e fiquei até às dez horas da noite tirando o barro”, relata. O morador também teve que abrir buracos na parede dos quartos para escoar a água. Segundo ele, a maior preocupação é com a sua mãe, que usa cadeira de rodas.

Vanderlei da Silva vive rotina de lama e reclamações.   (Foto: Marcos Ermínio)
Vanderlei da Silva vive rotina de lama e reclamações. (Foto: Marcos Ermínio)

Toda vez que vê tempo de chuva no céu, a serviços gerais Gislene Francisco Gomes, de 30 anos, corre para montar barreira contra a enxurrada. Ela coloca uma telha de amianto no portão , mas, nem assim, conseguiu evitar a entrada da água barrenta no imóvel. A moradora furou as paredes na varanda para dar vazão à enxurrada.

O lamaçal também traz transtornos para o aposentado Arlindo Frutuoso da Silva, de 61 anos. O barro deixa a rua Jacinto Máximo Gomes, na frente da sua casa, intransitável. Já ao lado do imóvel, o muro está sendo aterrado pelos sedimentos. “Tenho medo do muro cair”, afirma.

O residencial, no prolongamento da avenida Ernesto Geisel, faz parte de intervenção do PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento ). As casas serão destinadas aos moradores da favela Portelinha do Segredo.

Na avenida Ernesto Geisel, após o cruzamento com a rua Bom Sucesso, seis veículos “engavetaram” durante a chuva forte. Não houve feridos. Na Via Parque, o córrego Sóter saiu do leito, mas não chegou a alagar a avenida.

O tempo chuvoso neste começo de abril é resultado da umidade, vinda da Bolívia e da região Norte do país, com o tempo quente. Hoje e no fim de semana, a chuva vai predominar na Capital.

Em cinco dias deste mês, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), já choveu 93 milímetros, incluindo-se a chuva de 45 mm de ontem para hoje na Capital. O volume já representa 88,5% dos 105 mm esperados para os 30 dias deste mês.

Confira a galeria de imagens:

  • Gislene teve casa invadida pela lama. (Foto: Marcos Ermínio)
  • Muro é ameaçado por acúmulo de terra. (Foto: Marcos Ermínio)
  • Rua intransitável no bairro Izabel Garden. (Foto: Marcos Ermínio)
  • No Sóter, córrego saiu do leito com enxurrada. (Foto: Marcos Ermínio)
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