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Capital

Ajudante que matou mulher a facadas deve fazer tratamento psiquiátrico

Vítima foi atingida por golpes no pescoço e ficou agonizando no meio da rua; autor confessou o crime

Por Ana Paula Chuva | 16/07/2024 14:09
Luan sentado no banco dos réus durante julgamento nesta manhã (Foto: Paulo Francis)
Luan sentado no banco dos réus durante julgamento nesta manhã (Foto: Paulo Francis)

O juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida determinou que Luan Mendes de Souza Freitas faça tratamento psiquiátrico por três anos. O ajudante de funileiro foi condenado a 4 de reclusão em regime aberto pela morte de Akylla Jeylosana Oliveira Bessa, de 36 anos. O crime aconteceu no dia 31 de julho de 2023 no Bairro Jardim Itamaracá, em Campo Grande.

Akylla foi morta com golpes de faca no pescoço durante a madrugada daquele dia. O autor foi encontrado horas depois, na casa da avó, pela equipe da 6ª Companhia Independente de Polícia Militar e levado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol.

Na ocasião, ele confessou o crime e disse que deu duas facadas no pescoço da vítima. Em seguida, fugiu. Aos policiais, ele afirmou que Akylla havia furtado suas drogas e uma corrente. A faca usada no assassinato foi lavada e guardada no tanque da casa onde Luan foi encontrado.

Em agosto daquele ano Luan foi denunciado pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) por homicídio qualificado por motivo fútil. O documento ainda destaca que o ajudante deixou a vítima agonizava e fugiu para a casa da avó.

Nesta terça-feira (16), ele sentou no banco dos réus da 1ª Vara do Tribunal do Júri. A defesa de Luan sustentou as teses de absolvição genérica, afastamento da qualificadora e reconhecimento da causa de diminuição de pena da semi-imputabilidade, alegando que o autor sofre de transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de múltiplas drogas.

Por maioria de votos o Conselho de Sentença acatou a tese de semi-imputabilidade e afastou a qualificadora, no entanto, condenou Luan pelo homicídio. A sentença de quatro anos de reclusão é assinada por Garcete que substituiu a pena privativa de liberdade por internação em clínica psiquiátrica por três anos.

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