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Capital

Alcides Bernal autoriza reajuste de 14% na tarifa social de ônibus urbano

Edivaldo Bitencourt | 23/04/2013 15:08
Passageiros vão desembolsar mais para andar de ônibus nas datas comemorativas (Foto: João Carrigó/Arquivo)
Passageiros vão desembolsar mais para andar de ônibus nas datas comemorativas (Foto: João Carrigó/Arquivo)

O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), autorizou reajuste de 14% na tarifa social do transporte coletivo, cobrada em sete datas comemorativas a partir deste mês. No mesmo decreto em que congela o valor em R$ 2,85 até outubro deste ano, ele autoriza a elevação na tarifa de R$ 1,00 para R$ 1,14.

O aumento de 14% é mais que o dobro da inflação acumulada nos últimos 12 meses, considerando-se o IPCA-E (Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial) do IBGE. Os primeiros a serem atingidos pela medida serão os trabalhadores, que vão pagar mais caro para passear de ônibus urbano na Capital no Dia do Trabalho, comemorado no dia 1º de Maio.

De acordo com o prefeito, o novo valor representa 40% da tarifa atual, de R$ 2,85, em vigor desde março do ano passado. A tarifa social só vale para quem usar o cartão eletrônico (smart card).

Além do Dia do Trabalho, a nova tarifa de R$ 1,14 vai valer em mais seis datas comemorativas: Dia das Mães (segundo domingo de maio), Dia dos Pais (segundo domingo de agosto), aniversário de Campo Grande (26 de agosto), Finados (2 de novembro), Natal (25 de dezembro) e Ano Novo (1º de janeiro).

De acordo com a presidente da Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados), Ritva Cecília de Queiroz Garcia Vieira, justificou o aumento. Ela disse que o prefeito só está cumprindo contrato de concessão com o consórcio Guaicurus, firmado em outubro do ano passado.

“Só estamos cumprindo o contrato”, garantiu a dirigente. No entanto, o prefeito mudou o valor da tarifa cobrada dos moradores do distrito de Anhandui, de R$ 10, 00 para R$ 2,85.

Para o integrante do Conselho de Regulação, Haroldo Boralho, o aumento foi imposto aos conselheiros. Ele disse que não teve debate. “Houve um rolo compressor para aprovar porque já estava fechado o acordo entre o prefeito e as empresas de ônibus”, contou.

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