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Capital

“Alegria maior do mundo”, diz moradora do "Alphavela" contemplada com lote

No total, são 70 famílias, 40 vão permanecer na comunidade e 30 serão assentadas em lotes no Santa Emília

Viviane Oliveira | 14/03/2022 12:08
Prefeito Marquinhos Trad durante o evento que contemplou com lote 70 famílias. (Foto: Adriel Mattos)
Prefeito Marquinhos Trad durante o evento que contemplou com lote 70 famílias. (Foto: Adriel Mattos)

“Alegria maior do mundo. Não tenho nem palavras. Era meu sonho ter minha casinha", disse Luzia Ferreira Palmeira, 60 anos. Ela faz parte das 70 famílias que foram contempladas com lote, na manhã desta segunda-feira (14), durante o lançamento do Projeto de Regularização Fundiária de áreas do Portal Caiobá, no cruzamento da Avenida Nova América com a Rua Poética, em Campo Grande.

“Vim pra cá, porque não conseguia mais pagar aluguel”, disse Luzia, que cria a neta de 10 anos em um barraco montado na comunidade conhecida como “Alphavela”. Morando há 5 anos no local, a mulher vivia sob tensão toda vez que chovia forte. “Eles [a prefeitura] ajudavam a gente com lona, mas mesmo assim, era muito difícil”, contou.

As famílias contempladas vão receber R$ 6 mil da prefeitura para levantar as paredes do imóvel. No total, das 70 famílias, 40 vão permanecer na comunidade e 30 serão assentadas em terrenos no Jardim Santa Emília. A prefeitura fez sorteio para decidir o destino dos moradores.

Movimentação na comunidade Alphavela na manhã desta segunda-feira  (Foto: Adriel Mattos) 
Movimentação na comunidade Alphavela na manhã desta segunda-feira  (Foto: Adriel Mattos)

“Estamos muito felizes, porque quando chovia, entrava água nos nossos barracos”, disse Maria de Fátima Pereira Martins, 51 anos, que mora com a nora e há anos, lutava por uma moradia digna. Nunca recebi carta, porque não tinha endereço fixo. Agora, eu tenho”, comemorou.

Compartilha da mesma opinião Maria Lola Barbez, 55 anos. Ela vive na região do Caiobá há 38 anos. “Na minha casa não tem banheiro. Construí meu barraco debaixo de um pé de manga. Só tenho geladeira e pia para lavar a louça. No inverno, a gente ganha cobertor para aguentar o frio. Estou muito alegre, porque consegui o lote." Há mais de 3 anos, Maria vive com o marido na comunidade.

Ao discursar, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) reforçou que as famílias receberão R$ 6 mil para começar a construir a casa. “Vocês não são invasores”, afirmou, nesta manhã, durante o evento.

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