Além da falta de dinheiro, Santa Casa alega que obras exigem "muitas adequações"
Os custos para implementação do projeto chega a R$ 6.915.013,46 e inclui a adequação das entradas de energia
Além da falta de dinheiro, a Santa Casa de Campo Grande alega que outros fatores impedem que as obras e adaptações do local para o plano de combate a incêndio e pânico, entre elas, o fato de haverem muitas modificações a serem feitas.
“Vale ressaltar que o prédio da Santa Casa de Campo Grande foi construído há mais de quatro décadas e as formas de segurança eram diversas das hoje aplicadas”, cita nota do hospital à reportagem, encaminhada hoje. Na quarta-feira, o Campo Grande News revelou que o estabelecimento tentou reverter multas aplicadas pelo Corpo de Bombeiros, mas sem sucesso.
“Entendemos que o hospital deve se adequar à atual legislação, no entanto há impossibilidade de fazê-lo em curto espaço de tempo”, cita nota, que elenca ainda necessidade de horários e fluxos de pacientes flexíveis para que obras sejam feitas, além do agravamento da situação financeira, “em especial no período da pandemia, quando foram restringidas o acesso dentro do hospital”.
Os custos para implementação do projeto é de R$ 6.915.013,46 e inclui a adequação das entradas de energia à normas vigentes; melhoria das instalações elétricas; execução do SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas); e medidas básicas de segurança.
O hospital está em andamento com a formação de brigada contra incêndio, com apoio dos bombeiros e já foram formados 455 brigadistas. “Portanto, o hospital, mesmo com recursos escassos está em busca para cumprir as exigências e desta forma melhorar a segurança em combate a incêndio e outros sinistros”.
Apesar disso, a Santa Casa reforça que “como as melhorias são muitas e exigem altos valores, conforme informado acima, e, levando em conta a atual situação financeira da instituição, não dispomos de recursos suficientes para cumprir as exigências em sua totalidade”.