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Capital

Além de aniversário, Capital comemora 100 anos das figueiras da Afonso Pena

Árvores foram plantadas em 1921, na área central, pelo ex-prefeito da época, intendente Arlindo Gomes

Cristiano Arruda | 15/08/2021 11:45
Árvores centenárias estão localizadas no canteiro central da Avenida Afonso Pena. (Foto: Marcos Maluf)
Árvores centenárias estão localizadas no canteiro central da Avenida Afonso Pena. (Foto: Marcos Maluf)

Em comemoração ao aniversário de Campo Grande, o centenário de árvores Figueiras no canteiro da Avenida Afonso Pena foi comemorado na manhã deste domingo (15). As vinte e três árvores são monitoradas pela Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana).

Foto mostra que Figueiras foram plantadas em 1921, na região central da capital. (Foto: Arquivo/PMCG).
Foto mostra que Figueiras foram plantadas em 1921, na região central da capital. (Foto: Arquivo/PMCG).

Em 1921, as figueiras foram plantadas pelo prefeito da época, intendente Arlindo Gomes que ainda era advogado e botânico, apaixonado por arborização. Foi então, que ele fez o plantio da espécie Figueira. Todos os dias, após o termino de expediente, ele regava as mudas, que hoje são grandes e chamam a atenção de quem passa pela região central.

Essas árvores são acompanhadas desde 2017 e todas recebem cuidados especiais, já que estão na área central da cidade. Conforme Gisseli Giraldeli, bióloga e superintendente de fiscalização Ambiental da Semadur, a ideia é cuidar e dar mais longevidade para as plantas. "Elas têm potencial histórico e cultural com valor inestimado para a cidade, por isso, recebem um tratamento diferenciado, são avaliadas todos os anos, para ver se apresentam risco de queda, infestações, além do tratamento preventivo como o óleo de neem, na prevenção de pragas, assim como a cobertura das cavidades, evitando que as mesmas sofram com excesso de umidade."

Superintendente e bióloga da SEMADUR mostra como é feito o acompanhamento das espécies. (Foto: Marcos Maluf).
Superintendente e bióloga da SEMADUR mostra como é feito o acompanhamento das espécies. (Foto: Marcos Maluf).

Nesta manhã, as árvores ainda passaram por "tomografia" que detecta como elas estão por dentro. O exame é feito através da fixação de vários sensores ao redor da madeira que emitem som, de um para o outro, fazendo um "raio-x" de como está o tronco - quanto mais rápida a onda passa, mais íntegra está a madeira.

Ainda conforme a bióloga, na floresta, as folhas que caem no chão, apodrecem e acabam virando nutrientes para as árvores, o que é diferente da cidade. Desde o início desse levantamento, apenas uma árvore morreu por deficiência nutricional.

Para o titular da Semadur, Luis Eduardo Costa, os cuidados são necessários para que as árvores vivam por muito mais que 100 anos. "Nós estamos cuidando da saúde delas e já podemos perceber um retorno positivo".

Região Central de Campo Grande, em 1921. (Foto: Arquivo Prefeitura de Campo Grande).
Região Central de Campo Grande, em 1921. (Foto: Arquivo Prefeitura de Campo Grande).


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