Aluno agride e ameaça namorada em sala e escola diz que é "briga de casal"

Um aluno, de 16 anos, agrediu e ameaçou a namorada, também de 16 anos, dentro de uma sala de aula na Escola Estadual José Maria Hugo Rodrigues, na Mata do Jacinto, em Campo Grande, no início da manhã desta sexta-feira (22). O agressor ainda ameaçou outros alunos que tentaram defender a vítima. 

A agressão aconteceu antes do início da aula, às 7h. A vítima entrou na sala do segundo ano do Ensino Médio e o adolescente foi atrás dela. Segundo informações de uma aula que também estava na sala e testemunhou a agressão, ele chegou e deu um tapa no rosto da namorada. “Voou até sangue”, descreveu. Ao ver a vítima no fundo da sala, o agressor ainda jogou uma garrafa de água na direção da namorada.

O agressor também ameaçou a namorada dizendo que iria matá-la quando ela saísse da escola. Ao tentar defender a colega, a aluna que testemunhou a agressão também foi ameaçada. Outros estudantes que estavam no local tentaram fazer uma barreira, mas o adolescente chutou e arrombou a porta para tentar agredir a vítima novamente.

Depois da briga, o agressor saiu da sala de aula e sentou no pátio. Em seguida, ele voltou, pegou a mochila e foi embora. A coordenação foi acionada pelos alunos. Conforme a testemunha, a direção da escola informou “não poderia fazer nada além de expulsar o agressor, porque aquilo era uma briga de casal e nisso eles não podem interferir”.

Segundo apurado pelo Campo Grande News, a direção orientou os pais de alunos a não registrarem boletim de ocorrência, pois o caso seria resolvido dentro da escola. A SED (Secretaria Estadual de Educação) foi informada da ocorrência e após o período de aula iria na Escola para ouvir a Direção.

Ameaça – Com medo das ameaças feita pelo agressor, os alunos da escola acionaram os pais e relataram o caso nas redes sociais. A estudante que testemunhou a agressão conta que pediu para a mãe busca-la na escola. “Todos nós alunos, estamos refém dele”, disse a adolescente.

Diante da briga, os pais dos alunos reclamaram da falta de atitude da Escola e cobram da Direção um posicionamento. A mãe da aluna que testemunhou a agressão, que não quer se identificar, contou que após o caso a escola não fez nada. "O menino foi embora e ficou por isso mesmo. Eles também falaram que não podia fazer boletim de ocorrência porque é coisa de casal", disse. 

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