Alunos e colegas de Mayara fazem sarau para homenagear professora
No sarau alunos apresentaram músicas e poesias ensinadas por Mayara em sala de aula, evento continua à tarde
Para falar do carinho pela professora de artes que conquistou todos, alunos e funcionários da Escola Municipal Arlindo Lima realizam hoje (23) um sarau em homenagem à Mayara Amaral. A mestre lecionava ali há cerca de um ano e era reconhecida pelos alunos pela doçura e delicadeza dentro e fora das salas de aula. "Esse sarau foi a sementinha que a Mayara plantou aqui", afirma a professora DaisyParron.
Durante a celebração à Mayara, a maior lembrança foi da imagem que a professora de artes construiu lá dentro. "Não foi um dia de tristeza, foi de saudade, com música, dança, poesia, e lágrima, muita lágrima", lembra a colega.
Emocionada com o que se tornou o sarau, Daisy afirma que a memória da professora nunca será esquecida. "Todos vão saber quem é ela, até os alunos que não a conheceram. O sarau já foi incluído no calendário da escola". E conclui: "Quem coordenou tudo foi a Mayara, de onde ela estiver, ela que coordenou isso tudo".
Larissa Barros, 11 anos, foi aluna de Mayara no ano passado, e lembra a atenção que dava na hora das aulas. "Eu e outra menina que tem baixa visão fazíamos colagens, desenhos com textura e cantávamos bastante". Durante o evento nessa manhã, ela fez uma homenagem à professora cantando uma música que ela a ensinou.
A estudante também se apresentou com a turma, que declamou uma poesia, que também foi aprendida durante as aulas de Mayara. "Ela era muito meiga, e muito paciente. Até para dar bronca nos alunos ela era paciente", lembra.
O sarau começou nessa manhã e retorna depois do almoço, às 13h, e está aberto ao público.
O caso – Mayara foi morta em julho deste ano com golpes de martelo depois de uma emboscada. O corpo da jovem foi encontrado parcialmente carbonizado e sem as roupas no começo da noite do dia 25 de julho.
De acordo com o ex-namorado dela, que confessou o crime, ele a levou para um motel, e com a ajuda de dois comparsas a matou espancada.