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Interior

Autor de 1º feminicídio registrado em MS é condenado a 26 anos de prisão

Julgamento, que durou mais de oito horas, foi realizado Ribas do Rio Pardo – distante 103 quilômetros de Campo Grande

Luana Rodrigues | 18/09/2017 17:39
Alex no dia em que foi apresentado, pela Polícia Civil, à imprensa (Foto: arquivo/Marcelo Calazans)
Alex no dia em que foi apresentado, pela Polícia Civil, à imprensa (Foto: arquivo/Marcelo Calazans)
Ísis foi asfixiada até a morte, depois jogada em córrego (Foto: Reprodução/ Facebook)
Ísis foi asfixiada até a morte, depois jogada em córrego (Foto: Reprodução/ Facebook)

O juiz Idail de Toni Filho condenou a 26 anos de prisão em regime fechado, Alex Armindo Anacleto de Souza, autor do primeiro caso de feminicídio registrado em Mato Grosso do Sul - a morte de Ísis Caroline da Silva Santos, 21 anos.

O júri foi realizado na tarde desta segunda-feira (18), na comarca de Ribas do Rio Pardo – distante 103 quilômetros de Campo Grande.

Conforme a decisão, o pedreiro foi condenado por homicídio qualificado por motivo torpe, fútil, meio que dificultou a defesa da vítima, feminicídio e ocultação de cadáver. O julgamento durou mais de oito horas. 

A mãe de Ísis foi uma das primeiras a prestar depoimento. A mulher não quis depor na frente do réu. Ele foi retirado do júri até que a dona de casa terminasse de falar."Eu dava conselho para ele arrumar outra pessoa", relata Margareth ainda inconformada com a situação. O promotor George Zarour Cezar chegou a se emocionar com o depoimento da dona de casa. "Eu me solidarizo com o sentimento da senhora", disse.

A defesa de Alex foi feita pelo defensor público Vitor Plenamente Ramos, que afirmouq ue vai recorrer da decisão. "Não concordamos com as qualificadoras", disse.

Crime - Narra a denúncia do Ministério Público que no dia 1º de junho de 2015, por volta das 17h, nas margens do Córrego Mutum, em Ribas do Rio Pardo, o acusado, esganou a vítima Ísis Caroline da Silva Santos, de apenas 21 anos, até matá-la.

Ao perceber que a mulher estava morta, o réu arrastou o corpo dela para dentro do córrego e o soltou, rio abaixo, para que a correnteza da água o levasse para longe, impedindo que fosse descoberta a autoria do crime.

O namorado da vítima contou em juízo que a moça veio morar em Campo Grande porque estava sendo ameaçada pelo réu. O homem já havia a torturado e estuprado.

O cadáver foi encontrado cinco dias após o crime, em avançado estágio de putrefação. A vítima deixou duas filhas pequenas, hoje com 5 e 8 anos.

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