Irmã de mãe morta irá pedir guarda de crianças de 3 e 6 anos na Justiça
A irmã de Ísis Caroline da Silva Santos, 21 anos, morta na segunda-feira(01) pelo ex-companheiro é que deve ficar com as duas crianças de três e seis anos, que agora estão órfãs de mãe. Ingrid Aparecida Oliveira da Silva, de 32 anos, mora na Espanha e informou que irá pedir a guarda das meninas na justiça. Ela acompanhou toda a apresentação do acusado de matar Ísis, ocorrida na tarde desta segunda-feira(08).
"Minha irmã foi a melhor pessoa que conheci, tinha um coração enorme, sempre foi uma boa filha, boa mãe, quero que as meninas possam crescer bem e ser assim", disse a irmã de Ísis. Ingrid também explicou o quanto foi difícil contar para as crianças o que houve com a irmã. "Ela me contou que a mãe disse que iria levar o lixo, e não voltou. Não tem como explicar o que aconteceu, eu não sei o que fazer", contou a mulher.
A irmã de Isis disse que espera empenho da Justiça para a punição do acusado. "Espero que ele fique preso, já que tem um histórico de violência. Ele é um louco, pode fazer isso com outras", argumentou.
Feminicídio - Motivado por ciúmes, o pedreiro Alex Arlindo Anacleto de Souza, matou a ex-mulher Ísis Caroline da Silva Santos, 21 anos, após descobrir que ela supostamente teria retomado o relacionamento com o pai de uma de suas filhas. Segundo a polícia, Alex levou a vítima para a beira de um rio, na região de Ribas do Rio Pardo, a 103 quilômetros da Capital, e durante uma discussão a afogou. Ele fugiu deixando o corpo no local.
Por meio das investigações realizadas em conjunto entre o S.I.G (Serviço de Investigações Gerais), 5º D.P de Campo Grande e Deam (Delegacia da Mulher), os policiais conseguiram encontrar o corpo de Isis, enroscado em galhos às margens do Rio Mutum, localizado há 66 quilômetros do município de Ribas do Rio Pardo, por volta das 06h da manhã do sábado(06).
Diante do reconhecimento do corpo, policiais de Três Lagoas (MS) foram acionados para tentar localizar Alex, que já tinha mandato de prisão em aberto e até o momento era considerado um dos suspeitos de ter cometido o crime. Ele foi preso horas depois.
Alex vai responder por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, e “feminicídio”, este, o primeiro caso registrado em Campo Grande. A pena cumulativa é de 12 a 30 anos de prisão.