Após 15 horas de negociação, homem que atacou bombeiros com fogo desce de torre
Indivíduo é o mesmo que passou horas na torre de telefonia do Bairro Coronel Antonino, no dia 4 de julho
Após 15 horas de negociação com equipes do Bope (Batalhão de Operações Especiais), homem que atacou bombeiros com fogo, desce da torre de telefonia, de 40 metros, instalada na Rua Alexandre Fleming, na Vila Bandeirantes, em Campo Grande.
Durante a negociação, o homem exigiu que lhe entregassem água e comida, a ordem atendida pela polícia. A garrafinha de álcool que ele utilizou para queimar pedaços de pano e atacar a equipe do Corpo de Bombeiro foi descartada pelo rapaz.
De acordo com o tenente do Bope, Roberson de Oliveira Souza, o homem é o mesmo que subiu na torre do Bairro Coronel Antonino, no dia 4 de julho. Dessa vez, o rapaz não estava gritando e nem aparenta estar alcoolizado. Quando a equipe de reportagem chegou no local, nesta manhã (17), ele estava na parte mais alta da torre, deitado na base e um policial tentava negociar com ele.
"Ele apresenta alguns indícios, não posso falar porque não tem como diagnosticar, mas de transtorno mental. Conseguimos retirar ele agora do alto da torre, vai ser regulado e ir para o serviço de saúde para atendimento. Ele tem um diálogo confuso, ele alega que ele foi expulso de um prédio abandonado, onde morava. Agora fica a questão se isso aqui é realmente uma tentativa de suicídio ou uma forma de chamar atenção", explicou o tenente.
Desde ontem, por volta das 16h, horário em que o homem subiu na torre, a Rua Alexandre Fleming entre as vias Salim Maluf e Doutor Mário Quintanilha está fechada para o trabalho da polícia e bombeiros.
Problema - Moradora e comerciante no bairro, Vilma Pereira, 64 anos, relatou que ontem o rapaz passou por ela na sua barraquinha de garapa e perguntou se tinha galão para doar. "Falei que não, depois ele apareceu com uma garrafinha com gasolina que comprou no posto e subiu lá", contou.
Conforme a comerciante, o homem pulou o muro da unidade para subir na torre. O local não é protegido com cerca elétrica e nem concertina, facilitando o acesso. "Aqui na região começou a aparecer muito morador de rua e usuário de droga. Esse terreno mesmo onde tá a torre já entraram várias vezes pra roubar fio. O muro é muito baixo, não tem segurança, então eles aproveitam. Eles fazem a necessidade deles aqui na calçada mesmo, fica um nojo e tá bastante complicado", afirmou.
Ataque – Na tarde de ontem, o indivíduo subiu na torre com cordas, garrafa de gasolina, colchão e papelão. Ele também fez uma espécie de assoalho suspenso com papelão e, na medida em que os militares se aproximam, ele arremessa o material com fogo para baixo.
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