Após 6 meses sem receber remédios, prefeitura repõe 75% do estoque

As 10 UPAs (Unidade de Pronto Atendimento) e CRS (Centro de Referência a Saúde) de Campo Grande terão os estoques de medicamentos guarnecidos até às 18h deste sábado (18).

Depois de seis meses sem receber nenhum item farmacêutico, 4,2 milhões de unidades foram entregues à Farmácia Central, investimento de R$ 750 mil, de R$ 18 milhões que serão empregados em remédios este ano.

Com o investimento, 75% do estoque será reposto, o que deve abastecer as unidades de saúde por 90 dias. Segundo o prefeito Marquinhos Trad (PSD), a expectativa é atingir 98% até a semana que vem, quando demais fornecedores farão suas entregas à Prefeitura.

“O que posso dizer é que Campo Grande não vai ficar sem remédio. Em maio já será aberta ata para realização dos pregões para compra dos medicamentos de 2018, garantindo preventivamente que não haverá desabastecimento”, contou.

Apenas seis itens não têm previsão para serem ofertados. Nenhuma empresa apresentou proposta para aquisição nos pregões realizados para compra de cefalexina, enciocina (utilizado para combater cólicas), álcool, entre outros.

De acordo com o coordenador de assistência farmacêutica da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Américo Basílio Nogueira, há 12 anos na prefeitura, em julho do ano passado teve início uma crise que, mais tarde, provocaria a falta de medicamentos.

Fornecedores de diversas empresas estavam sem receber até a semana passada, uma dívida de R$ 3,8 milhões, de medicamentos entregues e utilizados no ano passado, de um total de R$ 20 milhões, entre fornecedores e ações judiciais.

A farmácia municipal reúne 336 itens, que abastecem 10 Unidades de Pronto Atendimento, 83 Unidades Básicas de Saúde e 120 almoxarifados da administração. Na semana passada, faltavam 277 tipos de remédios nas unidades de saúde.

No ano passado foram gastos R$ 12,5 milhões em medicamentos, 48% menos do que a previsão orçamentária da Sesau para este ano, R$ 18 milhões.