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Cidades

Dívida de R$ 20 milhões com empresas agrava falta de remédios em postos

Prefeitura está negociando com fornecedores e pagamentos estão atrasados desde agosto de 2016

Yarima Mecchi | 09/03/2017 12:33
Farmácia da UPA Coronel Antonino. (Foto: Marcos Ermínio)
Farmácia da UPA Coronel Antonino. (Foto: Marcos Ermínio)

Uma dívida de R$ 20 milhões deixada pela administração passada e a falta de recursos da atual gestão faz com que a falta de remédios se agrave nos postos de saúde de Campo Grande. De acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) quando o atual administrador da saúde, Marcelo Vilela, assumiu foi constatado que os pagamentos estavam atrasados desde agosto de 2016.

Enquanto a divida não é paga quem sofre são os pacientes que precisam do SUS (Sistema Único de Saúde) e os profissionais que não tem materiais básicos para trabalhar.

Médicos denunciam que além da falta de remédios nas farmácias também há ausência para uso interno. 
"Não tem mais omeprazol ou ranitidina, remédios para dor no estômago, e hioscina, usado para dor abdominal. Todos para uso interno", disse um profissional que não quis se identificar.

A falta de remédio nas unidades de saúde de Campo Grande já foi noticiada pelo Campo Grande News. A Sesau reconhece a falta de insumos e um balanço realizado em janeiro apontou 320 itens em falta à época, mas ainda não foi realizado outro levantamento.

UPA do bairro Coronel Antonino. (Foto: Marcos Ermínio)
UPA do bairro Coronel Antonino. (Foto: Marcos Ermínio)

Medicamentos para náusea e vômito, por exemplo, como bromoprida e plasil estão em falta, além de cefalexina, amoxicilina e isordil, que serve para prevenção e tratamento de infarto, de acordo com profissionais da rede.

Por meio da assessoria de imprensa, a Sesau informou que está negociando com os fornecedores de medicamentos e para conseguir dinheiro está buscando a autorização de empenhos. A previsão da secretaria é que os estoques nas unidades de saúde sejam restabelecidos até o dia 16 de março.

Com relação as demais contas das gestão passada que ficaram para o atual administrador da saúde de Campo Grande a Sesau não informou. "Outros detalhes estão sendo compilados em um documento que será entregue à Controladoria do município", disse em nota por meio da assessoria.

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