Após duas horas de reunião, Olarte apresenta nova proposta de reajuste
Depois de mais de duas horas de reunião, o prefeito Gilmar Olarte (PP) apresentou uma nova proposta aos professores da Reme que estão em greve desde a última quinta-feira (6). Ele quer fracionar o reajuste de 8,46% em pequenas parcelas até meados de 2015.
“Estou discutindo a viabilidade de obter recursos para pagar e cumprir a determinação da lei. A prefeitura só fará o pagamento se tiver dinheiro em caixa”, disse Olarte após a reunião. A nova proposta do prefeito divide o pagamento do reajuste em 1% ao mês, a partir do próximo mês de dezembro, e assim sucessivamente até que se chegue ao montante estabelecido por lei, de 8,46%.
Ele promete buscar recursos junto ao Governo do Estado, por meio do repasse de 25% do ICMS ao município, o que, segundo Gilmar, daria um montante de cerca de R$ 50 milhões. O progressista também citou a possibilidade de se obter recursos oriundo do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), junto à União, ou pelo pagamento do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano).
O presidente da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), Geraldo Alves, não quis antecipar o que achou da proposta, mas revelou que uma assembleia da categoria está marcada para a próxima segunda-feira (10), às 9h, na sede do sindicato. Por ora a greve está mantida. Apesar do impasse, Olarte prometeu, caso obtenha recurso, pagar a integralidade do reajuste.
Segundo Alves, a Seplanfic (Secretaria Municipal de Planejamento e Finanças) está preparando o projeto para encaminhar à ACP, que vai analisar a proposta e discuti-la em assembleia. “A categoria está aberta à negociação, e quer o fim desse impasse que se criou pelo pagamento do reajuste”, frisou.
Presente ao encontro, o vereador Paulo Pedra (PDT), não gostou da proposta. “Não sai satisfeito. O prefeito alega que não tem recurso, mas não toma nenhuma atitude em relação ao corte de gastos”, disse o parlamentar, que citou o alto número de comissionados no paço municipal, que gera um impacto mensal de aproximadamente R$ 12 milhões ao cofres de Campo Grande.
“O prefeito vai retirar o projeto encaminhado ontem à Câmara (que previa divisão do reajuste para maio e outubro de 2015). acredito que teremos um novo entendimento em relação à proposta. Está sendo feito o possível para valorizar o magistério”, afirmou o vereador Mário César (PMDB), presidente do legislativo municipal e que também acompanhou a reunião.