Após protesto, prefeitura suspende transferência de famílias para o Oiti
Moradores do Oiti questionaram remoção de famílias à agência de habitação e chegaram a chamar as pessoas de "bandidos"
Após a mobilização dos moradores do Residencial Oiti, a AMHASF (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários) desistiu de remoção de 2 famílias que viviam em um terreno na Avenida Ernesto Geisel. Moradores entraram em contato com a prefeitura questionando a transferência. A SAS (Secretaria de Assistência Social) então abrigou as famílias na Escola Municipal Pe. Tomaz Ghirardelli, até que haja resolução definitiva de reassentamento.
Os registros das mensagens encaminhadas à redação do Campo Grande News, mostram como os moradores do residencial se colocaram contra a remoção das famílias da conhecida “fazendinha”, que fica na região do bairro Cabreúva. Em uma das mensagens, uma pessoa escreve sobre o “padrão” das pessoas que seriam encaminhadas ao Oiti.
Vizinhos próximos do terreno, que pertence a prefeitura da Capital, disseram que antigamente no local funcionava uma associação, mas que depois foi dominada pelo tráfico e passou a abrigar usuários de drogas que causavam confusões e cometiam furtos.
A transferência - As famílias foram removidas do terreno depois da prisão de quatro envolvidos na morte do dono de uma boate. Os suspeitos também viviam no local e teriam matado Ronaldo Nepomuceno Neves, 48 anos, dono de um estabelecimento que fica em frente ao terreno. O corpo de Ronaldo foi encontrado carbonizado dentro do próprio carro na Cachoeira do Céuzinho. Depois do crime, uma força-tarefa fez um limpa no terreno que pertence a prefeitura.