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Capital

Árvore vira "achados e perdidos" de placas arrancadas pela chuva

Comerciante recolhe placas do bairro, após temporal, e pendura em árvore para dono voltar e buscar

Idaicy Solano e Mariely Barros | 18/04/2023 12:40
Placas foram penduradas na árvore por comerciante, para que os donos possam ir buscar. (Foto: Mariely Barros)
Placas foram penduradas na árvore por comerciante, para que os donos possam ir buscar. (Foto: Mariely Barros)

Quem passa pela Rua da Divisão, na altura do Bairro Aero Rancho, pode ter a atenção fisgada por uma árvore de porte médio cheia de placas de veículos penduradas. A primeira vista, pode parecer parte da decoração da conveniência de esquina, mas se parar para trocar uma ideia com o casal de comerciantes, Lúcia Pires de Souza, 52 anos, revela: "Essas placas são da última chuva forte que deu há 15 dias".

Lúcia conta que toda vez que chove a rua alaga, abrem buracos no asfalto e faz com que muitos motoristas percam as placas de seus veículos ao passarem pelo local. Por isso, o marido resolveu pendurar as placas perdidas, para que os donos, ao voltarem no local, possam buscar, pois o item, além de essencial, é caro. "Essas placas do Mercosul o pessoal fala que tem até que fazer revisão e vistoria no carro para conseguir [emplacar novamente]".

O casal mora em um condomínio da região há cinco anos e abriu a conveniência há dois anos. Lúcia relata que a chuva alaga as casas e inunda parte da rua, então os motoristas acabam usando a contramão para passar, causando acidentes o tempo todo. "Isso porque as bocas de lobo não funcionam e são todas entupidas".

Sobre as placas, Lúcia afirma que "toda tempestade ele (o esposo) acha placa ali, quando vai tirar o barro que fica na nossa calçada e no asfalto". Ela conta que na última chuva forte que caiu na Capital, cerca de duas semanas atrás, o marido encontrou 15 placas. Em uma outra ocasião, a comerciante afirma que chegaram a encontrar 20 de uma só vez.

Lúcia relata que a condição precária da rua também atrapalha o movimento do comércio e causa transtornos aos moradores. “Ninguém quer vir aqui quando chove. Já passei situação do Uber dizer que não iria me deixar em casa, porque estava chovendo e ele não queria passar pelo barro, então me deixou no comércio aqui perto e meu marido teve que ir me buscar".

A reportagem encaminhou o relato para a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) e aguarda uma resposta.

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