ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SEXTA  22    CAMPO GRANDE 28º

Capital

Assassino de Maria Graziele vai responder por homicídio triplamente qualificado

Um mês após prisão, MPMS defende que Lucas Pergentino Camara comedeu homicídio por asfixia, traição e feminicídio

Geisy Garnes | 26/05/2020 14:48
Lucas Pergentino, de 26 anos, foi preso no dia 25 de abril. (Foto: Henrique Kawaminami)
Lucas Pergentino, de 26 anos, foi preso no dia 25 de abril. (Foto: Henrique Kawaminami)

Um mês depois de ser preso, Lucas Pergentino Câmara, de 26 anos, foi denunciado pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) pelo assassinato da ex-mulher Maria Graziele Elias de Souza, de 21 anos. O documento pede que ele seja julgado pela 1ª Vara do Tribunal do Júri por homicídio triplamente qualificado.

A denúncia recebida pelo juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida defende que Lucas cometeu homicídio qualificado por asfixia, mediante traição e feminicídio, além da ocultação de cadáver.

No documento, o MPMS lembrou que Maria Graziele e Lucas viveram juntos por oito anos, mas tinham um relacionamento conturbado, marcado por “ciúme doentio e sentimento de posse” do autor em relação a jovem. Eles estavam separados há cerca de um mês quando o crime aconteceu.

No dia 14 de abril, aniversário de Lucas, aceitou ir até a casa do rapaz, na Rua Mitsuyo Aratani, no Parque do Lageado, para comemorar a data. Segundo a denúncia, os dois mantiveram relação sexual e permaneceram deitados conversando. A jovem então comentou sobre o medo que sentia de ser morta pelo companheiro e nesse momento foi imobilizada por ele.

Aplicando um mata-leão, Lucas virou Maria Graziele de bruços na cama e a matou asfixiada. Em seguida, o assassino foi visitar a mãe. Após seis horas voltou para casa, colocou o corpo da vítima no carro e a levou até a BR-262. O corpo da estudante só foi encontrado cinco dias depois.

Em depoimento a polícia, Lucas afirmou que matou Maria Graziele por impulso. Nos cinco dias que a jovem ficou desaparecida, o suspeito fingiu ajudar a família a procurar a ex-mulher e tentou atrapalhar as investigações, mas acabou descoberto e detido após de ter a prisão temporária decretada pelo juiz, a pedido da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio).

No dia 21 de abril, a prisão foi convertida em preventiva. Na decisão o juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida alegou que a medida era necessária para “garantia da ordem pública”, já que Lucas era reincidente. Ele já havia sido denunciado por violência doméstica contra Maria Graziele.

Nos siga no Google Notícias