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Capital

Assassino diz que matou caminhoneiro para defender pai de agressões

Segundo ele, vítima chegou ao local "furioso e agredindo o irmão"; dono de conveniência tentou defender e teria sido agredido

Liniker Ribeiro e Mirian Machado | 20/11/2020 19:17
Jaderson, acompanhado do pai, chegando à delegacia (Foto: Paulo Francis)
Jaderson, acompanhado do pai, chegando à delegacia (Foto: Paulo Francis)

Após prestar depoimento por três horas, Jaderson Miranda Perez, de 23 anos, deixou à delegacia acompanhado de familiares e do advogado. Em depoimento, o suspeito de atirar e matar o caminhoneiro Gilmar da Silva, de 37 anos, alegou defesa de terceiros, ao dizer que atirou na vítima para proteger o pai.

A versão foi apresentada também pelo advogado do suspeito, Ricardo Machado, que em entrevista ao Campo Grande News, afirmou que Gilmar – vítima de três tiros – chegou ao local “furioso e começou a agredir o próprio irmão”.

Neste momento, segundo a versão do suspeito, o dono da conveniência em frente ao endereço onde o crime aconteceu, na Rua Araticun, no Bairro Moreninhas III, se aproximou para apartar a briga. “Ele diz que o Robinho (irmão da vítima) já estava ficando desacordado”, declarou Machado.

Arma usada no crime, calibre 38, foi entregue à polícia (Foto: Paulo Francis)
Arma usada no crime, calibre 38, foi entregue à polícia (Foto: Paulo Francis)

Com a ação, Gilmar, que estaria utilizando capacete para agredir o irmão, também começou a agredir o proprietário do estabelecimento. “Jaderson viu, entrou na conveniência, pegou a arma, saiu e atirou para defender o pai. Os três tiros foram por conta da emoção do momento”, afirmou o advogado.

Ainda segundo o profissional, logo após o crime, o suspeito se dirigiu a residência de familiares. Sobre a suspeita de que o pai, dono da conveniência, teria ajudado o autor na fuga, o advogado negou ação. Segundo ele, enquanto o jovem deixava o local, o pai fechava o estabelecimento por medo.

A arma usada no crime, calibre 38, foi entregue à polícia. Ao delegado, o suspeito afirmou ter adquirido o revólver para “se defender e defender o comércio”.

Ricardo Machado, advogado de Jaderson (Foto: Paulo Francis)
Ricardo Machado, advogado de Jaderson (Foto: Paulo Francis)

Irmão da vítima – Segundo o delegado Nilson Friedrich, da 4ª Delegacia de Polícia Civil, nesta sexta-feira foi possível ouvir Robson da Silva, de 33 anos, também conhecido como Robinho, irmão de Gilmar. Ontem, logo após o crime, por estar sob efeito de álcool, o irmão da testemunha não conseguiu prestar depoimento.

De acordo com o delegado, a versão apresentada por Robinho confirma briga entre os irmãos. “Ele diz que era recorrente apanhar e que ontem apanhou com de capacete do irmão”, afirmou Friedrich.

Sobre o suspeito, o delegado confirmou que Jaderson alega “defesa de terceiros”. A princípio, o jovem vai responder em liberdade, por ter se apresentado espontaneamente e por estar colaborando com as investigações.

O suspeito foi indiciado por homicídio doloso por motivo fútil. Ao delegado, o pai de Jaderson afirmou não ter ajudado o filho a fugir e que não sabia que o filho tinha arma.

Nilson Friedrich, delagado da 4ª Delegacia de Polícia Civil (Foto: Paulo Francis)
Nilson Friedrich, delagado da 4ª Delegacia de Polícia Civil (Foto: Paulo Francis)


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