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Capital

Associação irá pedir a interdição do setor de oncologia da Santa Casa

Leonardo Rocha e Renan Nucci | 21/07/2014 12:38
Presidente de entidade mostra foto de vítima, ele irá pedir a interdição da oncologia da Santa Casa (Foto: Marcos Ermínio)
Presidente de entidade mostra foto de vítima, ele irá pedir a interdição da oncologia da Santa Casa (Foto: Marcos Ermínio)

A Avem-MS (Associação de Vítimas de Erros Médicos de Mato Grosso do Sul) irá pedir a interdição do setor de oncologia da Santa Casa. O presidente da entidade, Valdemar Moraes de Souza, afirmou que esta ação não iria prejudicar os pacientes, já que estes poderiam ser transferidos para outras instituições, como Hospital Regional e Hospital de Câncer Alfredo Abrão.

Ele destacou que já enviou ofício ao MPE (Ministério Público Estadual) e MPF (Ministério Público Federal) solicitando esta interdição, depois de colher documentos e analisar as mortes, que foram registradas após quimioterapia no hospital.

“Neste período (interdição), eles poderão fazer uma varredura completa neste setor, com uma investigação desde o final do ano passado até agora, para saber quantos pacientes foram vítimas de erros médicos”, apontou.

Valdemar revelou que analisou o prontuário de Carlos Alberto Cintra Gaúna, de 20 anos, que estava com leucemia e morreu após sessões de quimioterapia na Santa Casa. “Na minha constatação houve dosagem acima do recomendado em sua medicação”. Ele destacou que médicos que estão em outras investigações, fazem parte do setor de oncologia do hospital.

De acordo com a Santa Casa, são atendidos neste setor cerca de 500 a 600 pessoas por mês. A assessoria do hospital não se pronunciou sobre o pedido de interdição, já que só vai se posicionar se houver algum questionamento oficial sobre o tema.

Apuração - A Anvisa enviou representantes de Brasília para discutir as mortes ocorridas no Centro de Oncologia e Hematologia de Mato Grosso do Sul após a quimioterapia. Eles estão reunidos, desde às 9h, com representantes da Santa Casa e da comissão ampliada para investigar os óbitos, criada na sexta-feira.

De acordo com Priscila Alexandrino, presidente da Comissão de Controle de Infectologia da Santa Casa, 41 pessoas foram tratadas com o medicamento cinco fluoracil (5-FU), usado no combate ao câncer do intestino, e com o lelcovorin (ácido folínico, que potencializa os efeitos do primeiro). Desses, quatro apresentaram reações alérgicas e três morreram.

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