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Capital

Bairro líder em dengue está sem agentes de saúde, dizem moradores

Christiane Reis | 15/09/2016 07:13
Dona Maria está preocupada com a proximidade do período chuvoso. (Foto: Alcides Neto)
Dona Maria está preocupada com a proximidade do período chuvoso. (Foto: Alcides Neto)

Líder no ranking dos bairros com foco de dengue em Campo Grande, residências do Maria Aparecida Pedrossian estão há quase seis meses sem receber a visita de agentes de saúde, segundo moradores locais.

Os dados do Lira (Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes aegypit), divulgados pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), apontam que no período de 29 de agosto a 02 de setembro de 2016 foram encontrados quatro focos de dengue no bairro. O segundo bairro com maior ocorrências é o Noroeste, seguido da Vila Nasser. A Prefeitura, por meio da Sesau, realizou nesta quarta-feira (14) o Dia D de Combate à Dengue, com distribuição de panfletos em pontos de grande aglomeração de pessoas.

Mesmo com as ações de combate inciando antes do período chuvoso, no Maria Aparecida Pedrossian a preocupação com a chegada do verão é grande. Moradores da Rua General Arthur Sóter reclamam que já contraíram a doença no ano passado e da ausência dos agentes. “Estamos sem agente de saúde, caso nada seja feito vai ser a mesma coisa do ano passado. Vamos adoecer de novo'”, disse a dona de casa, Maria José Lacerda Gomes, 54 anos. Na casa dela, três netos, o filho e a mãe dela ficaram doentes no final de 2015.

A também dona de casa, Licimeire Barbosa Martins, 46 anos, disse que não teve casos de dengue na família, mas que os vizinhos relatam vários casos. A preocupação da moradora é também com ausência dos agentes. “ Com a falta deles estamos cada um cuidando do seu e contanto com o outro, daqui a pouco começa a chuva e aí a nossa maior preocupação”, reclamou. Sobre a ausência dos agentes de saúde relatada pelos moradores, a Sesau se comprometeu a se posicionar nesta quinta-feira (15).

Bairro líder em dengue está sem agentes de saúde, dizem moradores

Levantamento – O Lira apontou também que em toda a Capital foram encontrados 23 focos de dengue no período de referência e que 65,2% dos casos ocorreram em residências; outros 30,4% em comércios e 4,3% em outros locais. Além dos bairros citados, também aparecem no ranking com um foco em cada os bairros: Coronel Antonino, Nova Lima, Vida Nova, Novos Estados, Guanandi,, Nova Esperança, Alves Pereira, Pioneiros, Mário Covas, Los Angeles, São Conrado, Planalto, Cruzeiro e Centro.

Por conta das estatísticas que apontam as residências como principais pontos de foco, a Prefeitura desenvolve o trabalho de conscientização para evitar além da Dengue, a Chikungunya e Zika. Panfletos foram distribuídos em pontos estratégicos de toda a Capital.

Segundo a secretaria, está sendo desenvolvido intenso trabalho de combate aos criadouros do mosquito Aedes aegypti, desde o final de epidemia, buscando impedir que durante o período mais quente e chuvoso a população venha a ser penalizada, da mesma forma que ocorreu durante os meses de novembro de 2015 a abril de 2016, exatamente por não haverem tomado as medidas necessárias no período de estiagem, entre abril e agosto de 2015. Em abril deste ano o número de notificações chegou a 24.807

Atividades - As equipes do trabalho de conscientização atuam pela manhã nos Terminais General Osório, Nova Bahia, Júlio de Castilhos, Bandeirante e Aero Rancho; cruzamento das avenidas Mato Grosso com Ceará e Afonso Pena com Tamandaré e Duque de Caxias, enquanto no período da tarde nos Terminais Guaicurus, Morenão, Hércules Maymone; Praça Ari coelho, Praça do Radio; Shopping Campo Grande e no cruzamento das avenidas 13 de Maio com Fernando Correa da Costa, além da Salgado Filho com Norte-Sul.

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