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Política

Sem dengue, com pediatras e salário de R$ 4 mil: a Capital dos candidatos

Aline dos Santos | 30/08/2016 14:17
Campo Grande tem 15 candidatos a prefeito. (Foto: Marcos Ermínio)
Campo Grande tem 15 candidatos a prefeito. (Foto: Marcos Ermínio)

Salário mínimo de R$ 4 mil, um novo mercadão municipal, pediatras nos postos de saúde, professor com salário de prefeito, videomonitoramento por todos os cantos, revitalização da rodoviária e fim da dengue. Essa é a Campo Grande que salta dos planos de governo dos candidatos que disputam a prefeitura da cidade, que tem 863.982 habitantes e orçamento de R$ 3,5 bilhões.

Além do cardápio variado de propostas - que inclui até o salário mínimo, definido por lei federal - os documentos também convergem num ponto crucial: nenhum menciona com quais recursos serão executadas tantas ideias.

Em resumo, predominam temas como reduzir o déficit para o Ceinf (Centro de Educação Infantil), ampliação das escolas de tempo integral, reestruturação da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) e medidas para melhoria do sistema do transporte coletivo, que inclui criação de empresa municipal de transporte coletivo ao aumento de gratuidade.

O Campo Grande News mostra pontos dos planos de governo de 13 candidatos. Elizeu Amarilha (PSDC) e Lauro Davi (Pros) não registraram propostas no TRE/MS (Tribunal Regional Eleitoral).

Adalton Garcia (PRTB) – Com plano de governo de uma página, o candidato defende PPP (Parceria Público Privada) na saúde, criação da Empresa Transporte Coletivo Municipal, redução da tarifa paga pelos usuários do transporte coletivo e reimplantar terminal central na antiga rodoviária.

Alcides Bernal (PP) – Com projeções de obras, o plano de governo do candidato à reeleição tem 61 páginas. O planejamento da cidade de 2017 a 2020 traz o desmembramento da Seintrha (Secretaria de Infraestrutura, Transporte e Habitação) em duas pastas.

Além de uma empresa pública de saneamento; execução do viaduto da Coca Cola (na Interlagos com a Gury Marques); instalação de mini terminais nos bairros; criar um hospital municipal e instalar mais 42 câmeras na central de videomonitoramento.

Candidatos a prefeito querem reestruturar Agetran para melhoria no trânsito. (Foto: Marcos Ermínio)
Candidatos a prefeito querem reestruturar Agetran para melhoria no trânsito. (Foto: Marcos Ermínio)

Alex do PT – O candidato Marcos Alex apresentou plano de governo com 21 páginas. O documento destaca orçamento participativo; pediatras em todas unidades de saúde; zerar a fila do Ceinf em quatro anos; cartão educação para compra direta de material escolar; passe cultura (que dá direito de duas meias passagens por semana); videomonitoramento nas saídas e corredores comerciais.

Além de uma usina de asfalto municipal, fim da cobrança do alvará anual do comerciante, aluguel social, cinema popular na antiga rodoviária e projeto Campo Grande sem enchente.

Arce (PCO) – José Flávio Arce apresentou à Justiça Eleitoral plano de governo com cinco páginas, boa parte do documento faz menção contra o presidente Michel Temer (PMDB) e reclama de golpe. Sem destalhar medidas em específico para a cidade, aparecem pautas nacionais.

Como salário mínimo não inferior a R$ 4 mil e fim de todos os impostos sobre moradia e serviços municipais para a população assalariada. A proposta é que os capitalistas arquem com todos os custos da manutenção da cidade por meio de imposto único progressivo.

Aroldo Figueiró (PTN) – Com oito páginas, o plano de governo do candidato mostra a administração da cidade divida em dez gerências. A estrutura de gestão também terá nove subprefeituras.

O documento ainda prevê que o prefeito continue morando no domicilio em que residia antes de eleito. O salário de professores especialistas, por três turnos, deve ser igual ao salário do prefeito. Já o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) terá redução de 30%.

Athayde Nery (PPS) – Com 28 páginas, a proposta do candidato prevê que Campo Grande se tornará uma cidade inteligente, conectada em redes locais e globais de pessoas, de produção e negócios, de conhecimento e de cultura.

O plano também inclui implantação de prefeituras regionais. O programa de governo foi dividido em cinco eixos: pessoas, prosperidade, ambiente, paz e governança.

Campo Grande tem 863.982 habitantes. No detalhe, criança leva bandeira da cidade.  (Foto: Marcos Ermínio)
Campo Grande tem 863.982 habitantes. No detalhe, criança leva bandeira da cidade. (Foto: Marcos Ermínio)

Coronel David (PSC) – A proposta de administração do candidato Carlos Alberto David dos Santos tem 14 páginas. O projeto inclui construir hospital de cirurgias eletivas, criar o centro de especialidades médicas para crianças, reestruturar a Agetran e instalar um projeto de monitoramento da cidade.

O candidato também quer adquirir maquinários para que a própria prefeitura faça imediatamente o cascalhamento das vias públicas. O plano ainda inclui plantões móveis para solucionar problemas com maior rapidez nos serviços de tapa-buraco, limpeza, segurança e serviços médicos.

Marcelo Bluma (PV) – Com 22 páginas, o plano de governo do candidato promete consultar as entidades para o preenchimento dos cargos de primeiro e segundo escalão; estabelecer a transmissão online de todos os procedimentos licitatórios e implantar o IPTU Ecológico.

O projeto também inclui revitalização da área central e monitoramento das vias publicas, praças e parques por câmeras. O tópico espiritualidade prevê o incentivar às atividades religiosas no espaço urbano,

Marquinhos Trad (PSD) – O candidatos apresentou plano de governo com 22 páginas. O documento prevê implantação do modelo de cidade inteligente, construção de um laboratório municipal de controle de qualidade da água e ampliação do videomonitoramento.

As proposta também inclui interatividade por meio do canal “Fala, Prefeito”, reestruturação da Agetran e revitalização do antigo terminal rodoviário para o desenvolvimento do empreendedorismo.

Pedro Pedrossian Filho (PMB) – Em cinco páginas, o candidato aponta que o PMB vai começar a gestão primando pela excelência e qualidade nos serviços públicos, como transporte, segurança, saúde e educação. As medidas aparecem em linhas genéticas, mas há promessa de construir dois novos hospitais na Capital.

Rosana Santos (Psol) - O plano de governo da candidata afirma que é preciso discutir mobilidade urbana,”enfrentar os interesses da máfia do transporte público”, desmilitarizar a Guarda Municipal e pensar Campo Grande a partir dos bairros periféricos. O documento tem quatro páginas.

Rose Modesto (PSDB) – Em 74 páginas, a candidata tucana aponta que é preciso fazer funcionar os postos de saúde e UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) já existentes, erradicar a dengue, ampliar o atendimento nas creches para crianças de 0 a 3 anos.

Além de aumentar o efetivo da Guarda Municipal e Agetran; e concluir o Centro de Belas Artes, com a instalação de oficinas de pintura, música e exposição permanente de todas as vertentes artísticas; e revisão da política de estacionamento no centro da cidade.

Suél Ferranti (PSTU) – Com 16 páginas,o plano de governo do candidato aponta que a cidade deve ser controlada por conselhos populares, aos quais a Câmara Municipal deverá ser submissa. A proposta tem pauta nacional, como que nenhum político tenha salário maior a de professor ou operário, isenção de impostos para desempregados, fim da PM (Polícia Militar) e a defesa da legalização das drogas.

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