Pela reeleição, vereadores falam em campanha “pé no chão” este ano
Parlamentares citam mudanças na legislação e pouca estrutura
Com pouca estrutura e principalmente mudanças na legislação eleitoral, vereadores de Campo Grande candidatos à reeleição afirmam que a campanha deste ano está sendo de “pé no chão” e contato mais direto como eleitor. Agora, o candidato tem 45 dias para divulgar suas ideias e não pode receber doação de empresário, por exemplo.
“Nesta eleição é sola de sapato e fé em Deus”, disse o vereador Francisco Almeida Telles (PSD), que também aposta nas redes sociais e na conversa com o eleitor. “Tá difícil a estrutura, mas estamos andando nos bairros, esclarecendo o que faz um vereador, qual o papel dele”.
Há menos de um ano no mandato de vereador, Lívio Vianna Leite (PSDB), coloca como ponto positivo a mudança no período de campanha, que, este ano, é de 45 dias. “O tempo curto e recursos escassos favorecem o contato do candidato com o eleitor, o que é o certo”. O parlamentar afirmou que tem feito reuniões com poucas pessoas, justamente para dar a oportunidade de ser questionado pelos eleitores.
Francisco Luis do Nascimento (PTB) disse que a campanha “está boa”, embora tenha pouca estrutura. “Só na sola do sapato. Sem doação de empresa, com limite de gastos, só com companheiros e amigos”.
Para Eduardo Romero (Rede), a atual campanha está “do mesmo jeito”. “Nunca teve muita estrutura. Sempre com recursos limitados”. Agora, diz, a diferença são as mudanças nas regras eleitorais que têm acontecido no decorrer da campanha. “Do jeito que está, nos permite discutir mais, nos obrigando a conversar mais e ter contato direto com o eleitor”.
Mostrar o trabalho desenvolvido nos últimos quatro anos é aposta de quem tenta continuar na Câmara Municipal. “Temos pouco pessoal na rua, ainda, e não distribuiremos muitos santinhos. Mas vamos ter panfletos sobre os projetos de lei que apresentei e sobre os que consegui aprovar”, disse o vereador Carlos Augusto Borges (PSB).
Este é também o caso do vice-presidente da casa de leis, Flávio César (PSDB). “É uma campanha diferente, mas como sempre fiz meu mandato estando próximo do eleitor não mudará muito para mim”, disse, afirmando que apostará no trabalho desempenhado na Câmara.
Vanderlei da Silva Matos (PMDB) acha a campanha atual “diferente e difícil”, em virtude do pouco tempo. Mas, aposta que o eleitor pesquisará o candidato nas redes sociais e também nos sites oficiais. “No geral está melhor. Tirou aqueles cavaletes, placas, deixando o contato mais direto e mais no chão”.