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Capital

Bares da 14 de Julho pedem estrutura para o Carnaval; prefeitura nega

Pedido por banheiro químico e gradil não foi atendido; recusa gerou sentimento de exclusão nos empresários

Por Jéssica Fernandes | 18/02/2025 16:10
Bares da 14 de Julho pedem estrutura para o Carnaval; prefeitura nega
Má Donna Bar, localizado na Rua 14 de Julho, é um dos que movimentam a região. (Foto: Idaicy Solano)

Os bares da Rua 14 de Julho tentaram, mas não será neste Carnaval que a Prefeitura de Campo Grande irá garantir a estrutura necessária para receber a alta demanda do público, que a partir do dia 1º de março estará oficialmente em peso na região.

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Os bares da Rua 14 de Julho, em Campo Grande, solicitaram à prefeitura estrutura para o Carnaval, como banheiros químicos e gradis, mas o pedido foi negado. A prefeitura garantiu apenas a presença da Polícia Militar para segurança. A Rua 14 de Julho, que receberá blocos carnavalescos, não terá fechamento com gradis, apenas com viaturas, se necessário. Empresários, como Kayke Sanches do MÁ Donna Bar, expressaram surpresa e insatisfação, lembrando que em época eleitoral a rua foi priorizada. Os bares não planejam programação especial para o Carnaval, focando em controlar a demanda.

Embora a programação divulgada pela prefeitura tenha iniciado no dia 15 de fevereiro, é a partir do dia 1º que os blocos mais tradicionais da Capital saem às ruas, como Cordão Valu e Capivara Blasé. Ao longo de 15 dias de festividades, a expectativa é que cerca de 100 mil foliões prestigiaram as atrações que estarão na Esplanada Ferroviária e outras ruas da cidade, sendo a Rua 14 de Julho uma delas.

Sócio proprietário do MÁ Donna Bar, Kayke Sanches é um dos empresários que atualmente mantém empreendimento na rua, que desde 2023 têm sido escolhida para receber investimentos que movimentam a vida noturna no endereço.

Ele explica que foram feitas reuniões entre alguns empresários com a Prefeitura de Campo Grande, porém as reivindicações por estruturas não foram atendidas.

“Não vai ser disponibilizado nenhuma estrutura para o Carnaval. Tentamos contato com órgãos responsáveis, mas a 14 de Julho não entrou na pasta de Carnaval, não vai ter nada”, afirma.

Em relação à estrutura, Kayke menciona que foi solicitado banheiros químicos e gradil. No entanto, a prefeitura garantiu apenas a presença da Polícia Militar. “A única coisa que a Polícia Militar garantiu foi a segurança conforme a demanda na 14. Ela não vai ser fechada, mas foi dito que se houver necessidade, vão fechar com viatura mesmo, não é nem por gradil porque não tem disponibilidade do equipamento”, completa.

Embora as atrações do Carnaval se concentrem na Esplanada Ferroviária, a Avenida Mato Grosso e a Rua 14 de Julho receberão a passagem de alguns blocos no período matutino, vespertino e noturno. Pelo menos três já tiveram a programação divulgada pela prefeitura no site.

A recusa em colocar à disposição equipamentos básicos, como banheiros químicos, foi uma surpresa para o empresário. Kayke pontua que não esperava que a Rua 14 de Julho fosse deixada de lado da pauta de Carnaval.

“Nas eleições a prefeita chamou a gente para fazer um fechamento na 14 de Julho, mas em época de Carnaval a prefeitura deixa sem estrutura. [...] Dos bares, não falo só por mim, mas nos sentimos excluídos tendo em vista que em época eleitoral entraram em contato com a gente”, destaca.

Preparativos - Esperando a demanda de um público maior nos dias de folia, Kayke explica que o bar não irá trazer uma programação voltada para o Carnaval. I

“Sabemos que é um período que as pessoas saem pra rua e não tem o que fazer para controlar alta demanda, por isso, não estamos entrando com uma agenda carnavalesca. Nosso intuito não é gerar muita demanda”, fala.

Para completar, ele já adianta que os três banheiros do bar serão voltados apenas para os clientes. Ou seja, terá controle de acesso, algo que não acontece em dias comuns.

Além do Má Donna, outros cinco bares movimentam a cena noturna nos dias de semana e aos finais de semana. Alguns desses locais, como o administrado por Kayke, tem alvará de funcionamento até 00h.

A reportagem procurou a Prefeitura de Campo Grande, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto.

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