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Capital

Caçambeiros estacionam em frente à Câmara no 5º dia de protestos

Manifestação é contra fechamento do aterro de entulho, no Jardim Noroeste

Anahi Zurutuza e Christiane Reis | 22/12/2016 09:38
Caminhões-caçamba estacionados na Ricardo Brandão, em frente à Câmara (Foto: Fernando Antunes)
Caminhões-caçamba estacionados na Ricardo Brandão, em frente à Câmara (Foto: Fernando Antunes)
Protesto dos caçambeiros (Foto: Fernando Antunes)
Protesto dos caçambeiros (Foto: Fernando Antunes)

Cerca e 30 caçambeiros de Campo Grande estacionaram em frente à Câmara Municipal para protestar contra o fechamento do aterro de entulhos da Capital, localizado no Jardim Noroeste. Eles vão pedir a palavra durante a sessão desta quinta-feira (22).

Bruno de Brito Curto afirma que caçambas lotadas de entulhos estão espalhadas pela cidade e que as empresas amargam prejuízo diário sem ter onde despejar o material. “Só retiramos dos locais as oferecem risco para o trânsito, mas as caçambas estão sendo levam material pros pátios da empresas”.

Anagê Filisbino dos Santos, 59, é dono de uma empresa de caçambas há oito anos e afirma que dos 60 depósitos de entulho dele, 55 estão ocupados.

Fechamento - A interdição do aterro de entulhos no Jardim Noroeste foi no dia 15 de dezembro. Apesar de funcionar por anos sem licença ambiental, o local era o único destino “oficial” para as mais de 1,4 mil toneladas diárias de resíduos da construção civil produzidas diariamente na cidade.

Uma vistoria feita em julho pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) constatou que no aterro há triagem superficial dos resíduos, permitindo ingresso de resíduos recicláveis e orgânicos.

Autor da decisão, o juiz da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, David de Oliveira Gomes Filho, disse na semana passada à reportagem que o aterro precisa passar por uma série de adequações, como fechamento no entorno e proibição da entrada de lixo hospitalar.

A cidade já teve quatro pontos para aterro de entulho, que foram fechados. Em maio do ano passado, uma área na saída para Sidrolândia chegou a ser avaliada pela prefeitura para receber os resíduos, mas não houve transferência do aterro.

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