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Capital

Após uma hora e meia, catadores encerram protesto no Jardim Noroeste

Amanda Bogo e Adriano Fernandes | 15/12/2016 16:27
Manifestantes e trabalhadores durante protesto (Foto: Alcides Neto)
Manifestantes e trabalhadores durante protesto (Foto: Alcides Neto)

Após uma hora e meia de manifestações, onde houve ameaça de invasão ao aterro de entulho localizado no Jardim Noroeste, em Campo Grande, que foi interditado nesta quinta-feira (15), os catadores encerraram o protesto. Eles se reunirão à noite para decidir o que será feito quanto ao fechamento do local.

“Querendo ou não, hoje foi um dia de conflito, de ânimos exaltados entre os catadores. Agora nós vamos nos reunir, tentar eleger uma liderança e buscar uma solução para o nosso problema de forma legal”, disse o catador que se identificou apenas como Gil, de 51 anos. Conforme o trabalhador, a principal reclamação é de que dentro do aterro estão recicláveis que foram separados durante a semana e que não podem ser retirados de lá.

Mãe de seis filhos e avó de dois, Geneci Batista Andrea e o marido sustentam a família com o dinheiro que recebem pelo trabalho no aterro. “Nós dependemos do dinheiro do lixão para sobreviver. Com o lixão fechado, como vamos viver?”, lamentou. Para ela, a saída seria que o trabalho fosse regulamentado, assim como foi feito no lixão da cidade.

Conforme o inspetor Wagner Cavalcanti, da PRF (Polícia Rodoviária Federal), os agentes continuarão no local para garantir que a BR-163 não volte a ser interditada. O espaço não pode ser fechado devido a uma ordem judicial que determina que vias regulamentadas pela CCR não podem ser fechadas em protestos.

De acordo com informações apuradas pelo Campo Grande News no local,os catadores farão reunião às 19 horas para debater entre si a reunião. Um dos pontos da conversa seria a ida para um local utilizado por caçambeiros para descarregar entulho próximo ao presídio da Gameleira.

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