Capital confirma 703 casos de dengue e terá R$ 2 milhões da União
Os mais de 16 mil casos notificados e 703 confirmados de dengue em Campo Grande farão com que o Governo Federal destine R$ 2 milhões para a Capital combater a doença. A situação de emergência da cidade também foi reconhecida.
A verba será paga em até quatro meses, e será usada para a contratação de profissionais de saúde e de combate a endemias. Outros R$ 3 milhões estão em análise e ainda podem ser enviados, explicou o prefeito campo-grandense à Agência Brasil.
O valor foi viabilizado nesta quinta-feira (31), após visita do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal, à presidente Dilma Roussef em Brasília (DF). Ela também recebeu o prefeito da capital tocantinense, Palmas, que também pediu ajuda por causa da dengue.
Conforme Bernal contou à Agência Brasil, Campo Grande já teve 16.762 casos de suspeita de dengue notificados somente em janeiro, sendo 703 deles confirmados. Os números, que colocam a epidemia deste começo de ano como a maior da Capital, fez também com que a Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec) reconhece a situação de emergência nesta quinta.
À Dilma, Bernal continuou a linha de críticas à antiga administração da Capital e contou que o motivo do súbito aumento de casos na cidade foi a falta de prevenção no período, já que haviam dados prevendo um surto da doença.
Epidemia - Em período epidêmico, como ocorre em Campo Grande, o Ministério da Saúde determina realização de exames em 10% dos casos notificados, além das ocorrências de óbitos ou quadro grave. De acordo com o infectologista e secretário adjunto de Saúde do Estado, Eugênio Barros, os resultados abastecem os dados para controle da saúde pública.
Desta forma, os casos de "dengue clássica" são confirmados clinicamente, ou seja, a partir dos sintomas do paciente. Na fase endêmica, sem surto ou epidemia, o exame laboratorial da dengue deve ser feito em todos os casos notificados. (Matéria alterada às 8h20 para acréscimo de informação)