Capital registrou 74 casos de gripe em 2021, todos no fim do ano
Surto da influenza H3N2 foi registrado em várias cidades brasileiras; Campo Grande teve uma morte pela doença
O ano de 2021 terminou com 74 casos confirmados de gripe em Campo Grande, de acordo com o último boletim publicado pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública). Todos os registros foram associados ao subtipo H3N2 do vírus influenza A, que tem gerado surtos em várias cidades do País, especialmente, a partir de meados de dezembro.
Ainda que seja uma das hipóteses para esse crescimento, a cepa Darwin - que é uma das variantes do H3N2 - não foi confirmada, oficialmente, até o momento, em território sul-mato-grossense.
Os casos notificados no Estado estão em análise no Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo (SP), onde será realizado o sequenciamento genético para constatar, ou não, a confirmação desta nova gripe.
Apesar do crescimento no final de 2021, ano que registrou milhares de mortes pela covid-19, autoridades sanitárias têm reforçado que a gripe não é a principal preocupação, ainda que seja importante buscar a vacinação e utilizar máscaras, que ajudam a prevenir todo o tipo de doença viral contraída por meio de vias aéreas.
Em 2019, foram 109 casos de gripe, sendo 90 de H1N1 e 10 de H3N2 e, em 2020, foram 35 notificações, sendo quatro de H1N1 e duas de H3N2.
As demais foram de casos onde não foi analisado o subtipo - isto é, as características que a infecção tem. Em 2020, primeiro ano da pandemia, houve pelo menos 26 casos de influenza A que não foram subtipados.
Desta forma, mortes pela influenza apresentaram redução. Em 2019, foram 29 vítimas, quase seis vezes menos que o verificado em 2020, quando foram cinco óbitos. Em todo o ano de 2021, somente uma pessoa morreu, na Capital, vítima da gripe.
A última atualização indica que 25 pessoas estavam internadas em hospitais públicos (16) ou particulares (seis). A maior parte das vítimas (seis) têm mais de 61 anos, mas destacam-se as hospitalizações de indivíduos entre 31 e 40 anos (cinco), além de pelo menos duas crianças, entre um e 10 anos.
Pandemia - Os casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), um conjunto de sintomas relacionados à dificuldade de respiração, que pode levar a óbito, tiveram um crescimento expressivo durante os anos de pandemia.
Vale lembrar que tais ocorrências podem surgir a partir de bactérias, de vírus como o da influenza e, sobretudo, o coronavírus, além de outras enfermidades.
Em comparação com 2019, o ano de 2020 teve um aumento de 747% nos casos de SRAG notificados pela Sesau. Em relação a 2021, o crescimento foi de 1.204%.
Assim como mostra o gráfico abaixo, que pode ser personalizado para que o leitor visualize os diferentes vírus causadores de SRAG, o Sars-Cov-2, popularmente conhecido como o novo coronavírus, foi o principal responsável pelo aumento expressivo - cerca de 5,1 mil pessoas tiveram sintomas fortes em 2020 e 8,2 mil em 2021.