Capital tem novo caso de raiva e CCZ bloqueia região do Amambaí
Este é o sexto episódio registrado na cidade; em 2022, a Sesau recebeu apenas duas notificações
Equipes do CCZ (Coordenadoria de Controle Zoonoses) bloquearam a região do bairro Amambaí, em Campo Grande, após ter mais um caso de raiva em morcego confirmado. Esse é o sexto episódio registrado na Capital em 2023. No ano anterior, o município teve apenas dois casos notificados à Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), durante 12 meses.
Para evitar o contágio, os grupos foram até o local vacinar cachorros e gatos que ainda não tinham recebido o imunizante contra a doença e orientar os moradores sobre os cuidados necessários. Cláudia Macedo, médica veterinária e coordenadora do CCZ, ressaltou que a prevenção é a única maneira de evitar, de fato, a morte dos bichinhos, caso sejam contaminados.
“A vacinação é a única forma de proteção da doença, que é incurável nos animais e fatal em 100% dos casos. A a doença é uma zoonose e, portanto, também pode afetar os seres humanos. A raiva é letal aos humanos e o vírus pode ser transmitido a partir da mordida, lambidas ou machucados causados por mamíferos contaminados, incluindo morcegos, cães e gatos.”
Conforme a secretaria, o último caso de raiva humana no município foi registrado em 1968. Já em cães e gatos, houve um surto em 1988. Após 23 anos, em 2011, a cidade teve um caso isolado de raiva canina. O cão adquirira a doença por meio do contato com um morcego contaminado com o vírus.
Orientações - O CCZ orienta que os morcegos encontrados nas residências devem ser isolados com um pano, balde ou caixa. Independente de estarem vivos ou mortos. E que residentes entrem em contato com o CCZ. É necessário ainda evitar que os animais de estimação tenham contato com o morcego e manter em dia a vacinação antirrábica anual em cães e gatos.
Vacinação antirrábica - Na última semana, Campo Grande iniciou a Campanha de Vacinação Antirrábica. A meta é imunizar 80% da população, estimada em 287.768 cães e gatos. As doses são gratuitas. Além disso, equipes do CCZ também realizaram um novo Censo para quantificar o número de animais na Capital. Ao todo, o serviço passa por sete regiões do município.
Cláudia Macedo acrescenta que para receber a vacina o cão ou gato deve ter no mínimo três meses de idade e estar saudável. “Não há outras contraindicações à vacina antirrábica, inclusive, ela é a única vacina obrigatória, conforme estabelecido em lei”, enfatiza.
Caso o tutor não esteja em casa no momento em que a equipe estiver no bairro, o tutor poderá levar o bichinho até o ponto de vacinação, aos sábados, domingos e feriados. O plantão funciona das 7h às 21h, de segunda a sexta, e das 6h às 22h nos demais dias.
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