Capivaras roem árvores e coelhos destroem mudas no Sóter
Um dos símbolos de Campo Grande, as capivaras circulam livremente por várias regiões da Capital, principalmente em áreas que oferecem mato, água e sombra. Na região norte da cidade, o livre acesso das capivaras ao Parque Soter tem preocupado os frequentadores do lugar. As roedoras estão comendo as cascas das árvores e algumas já estão secando.
A denúncia chegou por meio de moradores dos bairros Mata do Jacinto e Margarida ao gabinete do vereador Eduardo Romero (PTdoB). Conforme os denunciantes, as capivaras estão entrando no parque roendo as cascas das árvores e provocando roletamento do tronco.
A presença de outro animal agrava ainda mais o problema. Na tentativa de recuperar a área verde, novas mudas são plantadas, mas coelhos que vivem no local comem tudo que foi plantado. Conforme um dos moradores, que é frequentador assíduo do parque e preferiu não se identificar, mais de 200 árvores já morreram em decorrência do problema.
“Roedores, especialmente capivaras, mais de dezenas, por falta de alimentos, estão entrando no Sóter e provocando danos à área verde, roendo a casca das árvores. Quase 200 árvores já morreram no parque”, disse o morador.
Outro lado – A equipe de reportagem do Campo Grande News esteve pela manhã no parque Soter com intuito de averiguar a situação das árvores, mas foi impedida de entrar e fotografar o lugar, mesmo tratando-se de um local público.
O responsável por cuidar do espaço não quis se identificar e esclareceu que se a equipe quisesse entrar com máquina fotográfica no parque teria que ir até a Funesp (Fundação Municipal de Esporte) e pedir autorização da diretora-presidente, Leila Cardoso. “Mas essas denúncias não têm fundamento”, disse o homem.
Como já é de costume da atual administração, ele tentou desconversar dizendo que quando o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), tomou posse, o parque estava abandonado e agora parte dele já está recuperada. O responsável, porém, não permitiu que a equipe conferisse de perto as tais melhorias. “Só com autorização”, reforçou.
Agravante – Outro ponto apontado pelos moradores é a erosão gradativa que avança rumo a pista de atletismo que tem mais de 300 metros de extensão. Para Romero, a solução esta não é fazer algo que maltrate os animais.
“Queremos contenção, não matança ou qualquer outra medida que maltrate os animais porque se eles estão agindo assim é porque estão sem opção de alimentação na região. Sugerimos que o poder público municipal faça parcerias, pense e coloque em prática estes mecanismos. Se nada for feito, os roedores vão continuar destruindo as árvores velhas e novas e daqui a pouco vão continuar sem alimento e não sabemos o que poderão atacar depois”, avaliou.