Caravana faz 800 cirurgias da catarata no último dia de demanda espontânea
Cerca de 800 pacientes devem fazer cirurgia nos olhos e passar por consultas médicas neste sábado (11), último dia de atendimento da demanda espontânea (sem agendamento prévio) da Caravana da Saúde. A estrutura está montada no Hospital Regional do Estado desde o dia 6 de junho e a partir de agora serão feitos com hora marcada.
Os portões foram abertos às 5h, mas várias pessoas madrugaram e alguns pacientes chegaram 3h30. Estão atendendo o público cinco médicos, três cirurgiões e dois anestesistas.
A aposentada Maria Aparecida Pinheiro, 69 anos, foi acompanhar o marido de 74 anos que vai fazer a segunda cirurgia de catarata. “Esse povo é nota dez, eles são delicados, alegres com todo mundo, não importa se é idoso, se é novo, se é bonito, se é feio”, opina a idosa.
Ela também foi uma das pacientes atendidas pela ação do Governo Estadual, quando ele ainda estava sendo feito no Albano Franco, e deve passar por consultas de retorno para checar os resultados da operação.
Maria conta que não chegou a entrar na fila do SUS para o procedimento porque a equipe do posto de saúde que diagnosticou a doença não fez os encaminhamentos necessários e como não tinha dinheiro para bancar a cirurgia, decidiu não sair em busca de atendimento.
Além de Campo Grande, a Caravana está atendendo pessoas de Sidrolândia, Chapadão do Sul, Costa Rica, São Gabriel do Oeste e outras cidades. Terciliana de Souza, 79 anos, por exemplo, é de Paraíso das Águas e foi trazida à Capital por um ônibus fretado pela prefeitura daquele município.
“Estou tranquila, o médico já explicou que eu não vou sentir dor”. Ela tem catarata e glaucoma há mais de dois anos. Ela chegou a começar o tratamento na cidade onde ela mora, mas como era particular ficou caro e ela parou. Ela chegou a recorrer ao SUS há mais de um ano e não teve retorno para fazer a cirurgia.
Além dos oftalmologistas, especialidade mais procurada na Caravana da Saúde, estão sendo feitas também consultas nas áreas de neurologia, ortopedia, dermatologia, endocrinologia e urologia. Em todo o programa foram mais de 13 mil atendimentos dessas especialidades, além dos retornos.
Um dos coordenadores do programa, o médico Estevão Barbosa diz que o governo pode prorrogar os atendimentos dessas especialidades se houver necessidade, já que a ideia da ação é atender a todos sem deixar filas para trás. “Vamos atender retorno também e fazer os exames necessários de quem está consultando para não sobrecarregar o SUS”, pontua.