Carro ficará em cratera até definição sobre "culpa" pelo problema
Engolido por uma cratera na tarde de ontem, o veículo Fiat Pálio continua no buraco aberto na avenida General Alberto Carlos Mendonça Lima, no bairro São Conrado. De acordo com o representante da Seintrha (Secretaria de Infraestrutura, Transporte e Habitação), engenheiro Sylvio Cesco, a remoção do veículo depende de uma análise para saber de quem foi a culpa pelo rompimento da tubulação. No caso, o “culpado” será processado pelo dono do carro, que ontem estimava prejuízo de R$ 12 mil.
No mesmo ponto da via, passa a rede de drenagem da prefeitura e a rede de esgoto, obra feita pela empresa Águas Guariroba, concessionária dos serviços de saneamento básico em Campo Grande. Conforme o engenheiro, o asfalto cedeu devido ao rompimento da tubulação de drenagem. No entanto, a prefeitura quer saber se o rompimento foi pelo volume de chuva ou se a obra da rede de esgoto afetou a drenagem.
A obra da prefeitura tem 10 anos; a obra das Águas Guariroba tem seis anos. “Vamos fazer uma perícia junto com o pessoal da empresa. A tubulação de esgoto é de PVC e a drenagem é feita com material mais resistente”, afirma Sylvio Cesco. Com uma equipe no local, a Águas Guariroba informou, por meio da assessoria de imprensa, que aguarda a análise conjunta com a Seintrha.
A previsão, se não chover, é de que o carro saia da cratera na tarde desta quinta-feira. O local, entre as avenidas América e Nasri Siufe, virou ponto de visitação de curiosos, que registram em vídeos e fotos a cena do carro engolido pelo asfalto.
O trânsito foi interditado e a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) permanece na avenida. O asfalto cedeu durante a chuva. Dono do Pálio, o eletricista Rodrigo Soares, de 36 anos, contou que passava pelo local quando sentiu a parte da frente do veículo afundando. Ele tentou engatar a marcha ré, mas o carro não se locomoveu. Então, pegou a carteira e saiu do carro. O Pálio não possui seguro.
Rodrigo mora no bairro Ouro Verde e se deslocava para casa. O rapaz contou que a avenida foi tomada pela água e não dava para ver praticamente nada.