Casa histórica atingida por árvore já estava tomada pelas raízes, diz dono
O imóvel foi construído na década de 1920, e foi considerado como patrimônio da cidade
A casa histórica, atingida pela árvore Figueira, já estava tomada pelas raízes, segundo Gilberto Martins Reginaldo, pastor da igreja que comprou o local. O incidente aconteceu na sexta-feira (17), no imóvel que fica localizado no cruzamento das ruas Antônio Maria Coelho e 13 de Maio, no Centro de Campo Grande.
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Uma casa histórica em Campo Grande, tombada como patrimônio e adquirida em 2019 por uma igreja para projeto social, desabou após ser invadida pelas raízes de uma figueira centenária. O imóvel, construído na década de 1920, já apresentava problemas estruturais devido às raízes, tornando a restauração inviável para a igreja, que busca agora uma permuta com a prefeitura. A queda da árvore, considerada também patrimônio, agravou a situação, comprometendo a estrutura da casa além do previsto.
“A raiz tomou toda aquela casa. Sempre a árvore existiu lá, e também estava sendo considerada como patrimônio histórico. Tinha outra árvore, eles tiraram, mas essa eles só podavam. Ela entrou dentro das paredes, por isso caiu”, explicou.
De acordo com ele, a casa foi adquirida em 2019 pela Igreja Palácio de Deus, por R$ 420 mil, com o objetivo de fazer projeto social para ajudar os moradores de rua. O imóvel foi construído na década de 1920, e foi considerado como patrimônio da cidade após um longo impasse entre o município e o antigo dono.
Por se tratar de um imóvel tombado, o antigo proprietário, o ex-vereador Paulo Pedra deveria arcar com o restauro, sem transformar a arquitetura da casa. No começo, Gilberto, já como novo proprietário, achou que seria apenas uma reforma, mas a situação foi ainda mais além.
“Tem que ser restauração do jeito que eles querem, em 2019 ficou um milhão de reais. Não deixam mexer, tem que mexer do jeito deles, tem que ser tudo do jeito deles, não é apenas uma reforma, tem que ser o tijolo que eles querem, tem que ter um arquiteto especializado, não pode ser qualquer arquiteto ou engenheiro. Então, é inviável”, disse.
Diante da dificuldade, a igreja pediu permuta para a Prefeitura de Campo Grande, em troca de outro terreno.
“A prefeitura aprovou a troca, caiu a casa, caiu a fachada e agora caiu o mais importante, a árvore, que eles também não queriam que cortasse, a árvore mesmo derrubou a casa”, completou.
Em 2013, o dono do imóvel na época, comunicou que venderia a propriedade por R$ 650 mil. Ele tentava, desde 2008, impedir o tombamento do prédio na Justiça. Na época, houve uma primeira vistoria que constatou a importância cultural para Campo Grande.
O Campo Grande News entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande sobre o imóvel e aguarda o retorno.
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