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Capital

Casos de dengue também provocam lotação em laboratórios

Mariana Lopes | 08/02/2013 09:27
Para fazer exames, população lota também os laboratórios  (Fotos: Luciano Muta)
Para fazer exames, população lota também os laboratórios (Fotos: Luciano Muta)
No Multilab, são feitos em média 16 exames da dengue por dia
No Multilab, são feitos em média 16 exames da dengue por dia

Com 21.975 casos de dengue notificados até o último dia 5, Campo Grande vive sua pior epidemia de dengue. A situação tem lotado não apenas os postos de saúde, mas também os laboratórios particulares.

No Multilab, por exemplo, são feitos em média 16 testes da dengue por dia, dos quais mais de 50% têm o resultado positivo, de acordo com o farmacêutico bioquímico responsável, Hélio Ceni.

Em caso de suspeita de dengue, o primeiro exame que deve ser feito é o hemograma, que controla as plaquetas. Se estiverem abaixo de 150 mil ou apresentarem uma queda muito brusca do número, a chance de a pessoa estar com dengue é bem grande.

“Controlar as plaquetas é importante porque é ela a responsável pela coagulação do sangue, e quando elas estão muito baixas aumenta o risco de hemorragia”, explica o farmacêutico bioquímico. O hemograma deve ser repetido a cada 48 horas, justamente para o controle das plaquetas.

O próximo exame a ser feito, ainda em caso de suspeita da doença, é o teste da dengue, que só aponta um resultado efetivo após 7 dias do vírus instalado no corpo. “Os sintomas são imediatos, mas há um ciclo do vírus no corpo, por isso o tempo para fazer o teste, que aponta se a pessoa realmente está ou não com dengue”, relata Ceni.

Mesmo com o resultado do teste em mãos, o farmacêutico bioquímico alerta que ainda assim é importante fazer o exame de sorologia, para certificar o resultado positivo ou negativo da dengue.

No laboratório Renato Arruda, no começo de dezembro, o volume de hemogramas, sorologias e testes da dengue aumentou significantemente, de acordo com o biólogo responsável pela área técnica dos exames, Hector Marcell Guerreiro. Porém, a diferença realmente foi brusca da metade de janeiro e acentuou mais ainda neste mês.

“Tem bastantes casos que a pessoa pede para fazer o exame por conta própria, porque sentiu alguns sintomas e quer tirar a dúvida”, comenta o biólogo. Entre tantas pessoas no laboratório, a mistura de gerações é perceptível. “É de criança a idoso, a doença pega a todas”, diz Hector.

Os resultados dos testes de dengue e os exames de sorologia feitos nos laboratórios são encaminhados para a Secretaria Estadual de Saúde, que faz o controle de epidemia da doença e acusa a região com mais casos.

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