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Capital

Cheio de criadouros de inseto, Parque das Nações deve passar por limpeza

Ricardo Campos Jr. | 09/01/2016 10:12
Espelho d'água virou criadouro do mosquito da dengue (Foto: Gerson Walber)
Espelho d'água virou criadouro do mosquito da dengue (Foto: Gerson Walber)
Água coletada do espelho d'água do Parque das Nações Indígenas mostra quantidade de larvas de Aedes aegypti (Foto: Gerson Walber)
Água coletada do espelho d'água do Parque das Nações Indígenas mostra quantidade de larvas de Aedes aegypti (Foto: Gerson Walber)

O acúmulo de água da chuva no Parque das Nações Indígenas faz o local se tornar um grande criadouro de Aedes aegypti, mosquito que transmite dengue, chikungunya e zika vírus. Somente no espelho d’água da Casa do Homem Pantaneiro há centenas de larvas do inseto, que em até dez dias chegarão à fase adulta. A gestão do espaço público se comprometeu a verificar a situação e realizar a limpeza no domingo (10).

Na parte superior das estruturas construídas para quiosques e lanchonetes, a água empoçou e também apresenta larvas do mosquito. O mesmo ocorre ao redor do monumento em homenagem aos povos indígenas, o que pode representar risco aos frequentadores.

“Falta manutenção. Eu sempre estou andando aqui e sempre tem água parada na Casa do Homem Pantaneiro”, diz a consultora de vendas Elaine Netto, 24 anos. Ela costuma fazer caminhadas no local e afirma que o local está sempre chego de água.

Nagila de Souza, 35 anos, acredita que o poder público cobra a população para que limpe quintais e terrenos, mas não tem feito o dever de casa. “Tinha que ter uma equipe para cuidar do parque. De um modo geral, estamos vendo que o próprio governo não está dando o exemplo”, afirma.

Para a o aposentado Flavio Teixeira, 58 anos, e a mulher dele, Rita de Cássia Soares, 65 anos, falta manutenção no local. “Eu acho gastam muito com propaganda para dizer o que todo mundo já sabe, mas não cria uma força tarefa para colocar a mão na massa”, opina Flávio.

“Cobram tanta atenção nas casas e eles próprios estão deixando água a céu aberto”, diz auxiliar administrativo Marcos Rezende, 45 anos.

Água empoçada no quiosque do Parque das Nações (Foto: Gerson Walber)
Água empoçada no quiosque do Parque das Nações (Foto: Gerson Walber)

Solução – O gestor do Parque das Nações Indígenas, Odilon Rigo, afirmou neste sábado (9) que, ao contrário do que diz a população, existe manutenção diária no local. O problema, segundo ele, é que a chuva atrapalha os trabalhos. “Na Casa do Homem Pantaneiro tem uma bomba que tira a água frequentemente”, diz.

As equipes, segundo ele, já tentaram resolver o problema com as larvas de mosquito colocando cloro e água sanitária no espelho d’água, mas não adiantou. “Não inibe, só secando mesmo”.

Já foi autorizado pelo governo, conforme o gestor, o aterramento do local, que deveria ter sido feito nas primeiras semanas de janeiro. Não há previsão para a execução do serviço.

Com relação ao quiosque, Rigo afirma que nunca tinha passado pela cabeça que o local pudesse se tornar criadouro do Aedes, já que a água costuma secar com o sol, sendo o local limpo posteriormente pela equipe de manutenção. A estrutura, segundo ele, conta com um cano de escoamento para que não vire uma piscina, que deve estar entupido.

O gestor garante que irá pedir ao funcionário para verificar a situação amanhã e, se necessário, fazer a retirada da poça e limpeza do local.

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