Chuva volta à Capital e com ela, buracos ressurgem nas ruas
Em muitos bairros, moradores sofrem com as crateras e esperam a operação tapa-buraco
Após 42 dias de estiagem, a chuva voltou a cair em Campo Grande, e com ela velhos problemas voltaram a fazer parte da rotina de quem mora na capital de Mato Grosso do Sul. Além dos estragos que os rápidos temporais dos últimos oito dias causaram, os buracos no asfalto voltaram a ser obstáculo para os motoristas.
Nesta terça-feira (10), a equipe de reportagem do Campo Grande News visitou vários pontos da cidade e não foi preciso andar muito para encontrar ruas cobertas de crateras. Nesta manhã, uma equipe da prefeitura trabalha no operação tapa-buracos na Avenida Três Barras, mas não muito longe daí moradores reclamam da situação do asfalto.
É o caso da Rua São Félix, no Bairro Vilas Boas. Em frente a casa de Eliana Maciel, pelo menos quatro buracos ocupam a rua e fazem os motoristas invadirem a contramão ao passarem pelo local. Para a moradora a chuva é um agravante.
Ela explicou que a última vez que a operação tapa-buraco esteve na rua foi no começo no ano. “Eu não entendo como eles fazem, tapam os buracos grandes e deixam os pequenos. Em dois meses os pequenos estão grandes também”, reclamou.
Perto daí, na Rua do Franco, fissuras podem ser vistas por toda rua, o que para um dos moradores, que preferiu não se identificar, é o ponta pé inicial para o surgimento das crateras. Já que com a infiltração da chuva, o asfalto cede. “O tratamento tá todo errado, o próprio remendo está errado”.
Na Rua Professor Xandinho, no Bairro Antônio Vendas, conviver com as buracos é quase natural. “Há uns dois, três meses, taparam os buracos. Mas novos abriram e já estão bem grande”, explicou o veterinário Bruno Rosa. Para ele, a situação da rua piorou muito com a última chuva, que caiu na Capital no sábado (7).
O excesso de velocidade na via, somado com as crateras, acaba transformando o trânsito no local perigoso. “A gente escuta cada freada, a rua é movimentada, o pessoal vem correndo e por causa do buraco freia em cima”, lembrou Bruno.
Licitação - Enquanto os moradores voltam a sofrer com os buracos, a Prefeitura de Campo Grande enfrenta problemas na licitação para contratação das empresas que ficaram responsáveis pelo tapa-buracos.
Com valor reduzido para R$ 43 milhões, a licitação para contratar o serviço começou no dia 18 de setembro e 21 empresas disputam a licitação. A análise das propostas não tem prazo para terminar e com isso, não há previsão de quando o resultado será divulgado. Enquanto isso, a prefeitura atua apenas com equipes próprias.