Com 1,5 mil dependentes nas ruas, prefeitura inaugura 2º Caps Álcool e Drogas
Com investimento de R$ 500 mil, unidade terá 10 leitos e 16 médicos
Foi inaugurado na manhã desta segunda-feira (23) o Caps (Centro de Atenção Psicossocial) Álcool e Drogas III Márcia Zen. O nome do local é uma homenagem à conselheira de saúde Márcia Gomes de Morais, falecida em 23 de abril de 2021. Ela era entusiasta das ações do SUS (Sistema Único de Saúde). O segundo centro dessa modalidade na cidade custou R$ 500 mil e terá 10 leitos. No prédio, que fica na Avenida Manoel da Costa Lima, 3.272, Bairro Guanandi, já funcionaram posto de saúde e um Caps Infantil.
É crescente o número de dependentes químicos que fazem uso da chamada “zuca” (pasta base de cocaína) e de álcool em diversos bairros da Capital. Segundo o secretário Sandro Benites, há 1,5 mil dependentes nas ruas de Campo Grande. Durante a inauguração, ele fez um apelo para que as pessoas não postem fotos e vídeos com bebidas, pois acredita que isso influencia crianças e adolescentes.
O novo Caps terá dois enfermeiros, seis técnicos de enfermagem, quatro psicólogos, um assistente social, dois farmacêuticos, 16 médicos e quatro funcionários administrativos.
A prefeita Adriane Lopes (PP) informou que está trabalhando para ampliar o atendimento à saúde mental.
“Vamos ampliar como estamos fazendo nesse centro, que será um Centro de Atenção Psicossocial para a população da nossa cidade. Estamos ampliando em toda a rede mais 60 psiquiatras”, disse a prefeita, além de destacar a importância dos serviços de quem atenderá no local.
O deputado federal Luiz Ovando (PP) acompanhou a inauguração. “Isso não é discurso moralista, mas precisamos dar exemplo”, disse o parlamentar em complemento ao discurso do secretário.
Comunidades terapêuticas - A prefeitura pagou neste ano R$ 4,9 milhões por vagas a dependentes químicos. O valor por pessoa passou de R$ 1 mil para R$ 1,3 mil. Onze comunidades terapêuticas que mantêm termo de colaboração com a prefeitura manterão as vagas até maio de 2024. São 305 vagas, o que equivale a R$ 396,5 mil por mês.
As comunidades não são instituições médicas. São locais mantidos por entidades suporte ao tratamento oferecido pelos Caps (Centros de Atenção Psicossocial). O recurso vem da política pública da Rede de Assistência do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas.
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