Com 39 caminhões parados, 750 toneladas de lixo sujam as ruas
Com os 39 caminhões de coleta retidos no pátio da CG Solurb, 750 toneladas de lixo se espalham pelas ruas de Campo Grande. A paralisação do serviço começou ontem e prossegue nesta sexta-feira.
A empresa, que venceu licitação bilionária para fazer a gestão do lixo em Campo Grande, está fechada. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio e Conservação, Wilson Gomes, os 350 funcionários batem o ponto e são dispensados. “É como se fosse um dia de folga”, exemplifica.
Nesta manhã, 180 trabalhadores chegaram para o turno das 7h, mas não saíram para as ruas. A paralisação da coleta, por ordem da empresa, começou às 15h de ontem. Em várias localidades, a coleta ficou pela metade.
Segundo o presidente do sindicato, a empresa informou que os veículos foram bloqueados via satélite porque uma parcela de monitoramento não foi quitada.
A Solurb é uma das empresas que não recebeu a totalidade do valor devido pela Prefeitura de Campo Grande. Na região central, que tem coleta todas as noites, já é possível ver muito lixo acumulado, como na rua Maracaju. O problema se estende por bairros, como a Vila Sobrinho e Taveirópolis.
Na avenida Marechal Deodoro, próximo ao trevo Imbirussu, as lixeiras estão cheia desde a noite de ontem. A situação preocupa a funcionária da Peixaria MS. “Os clientes vão achar que é problema aqui e o movimento deve ter queda”, afirma.
A lixeira ainda cheia surpreendeu a dona de casa Maria Aparecida, de 45 anos, moradora na Vila Sobrinho. “O caminhão de lixo passa todos os dias. Nessa situação, não tem o que fazer”, reclama.