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Capital

Com aumento de casos de sífilis, Sesau cria comitê de prevenção da doença

Objetivo é analisar as circunstâncias das ocorrências e quebrar a cadeia de transmissão em gestantes

Izabela Sanchez | 02/10/2017 13:57
Exame pode ser realizado em qualquer UBS ou UBSF (Arquivo)
Exame pode ser realizado em qualquer UBS ou UBSF (Arquivo)

Os casos de crianças com menos de 1 ano contaminadas com sífilis congênita, doença sexualmente transmissível, aumentaram em 2016. É o que afirma a Sesau (Secretaria municipal de saúde), no primeiro boletim epidemiológico de 2017. Em 2016, segundo a secretaria, 114 casos foram notificados. É um dos motivos para a criação de um Comitê de prevenção, no âmbito da Sesau, que será lançado no dia 18 de outubro.

O 'Comitê de Prevenção da Sífilis Congênita e de Investigação da Transmissão Vertical do HIV, HTLV (vírus linfotrópico da célula T humana), Sífilis e Hepatites Virais' irá analisar as circunstâncias das ocorrências e quebrar a cadeia de transmissão em gestantes.

Aumento de casos

Segundo a Sesau, em janeiro a setembro de 2017 houve um crescimento de 17,55% dos casos notificados em relação a todo ano anterior - foram registrado 663 casos em Campo Grande. Conforme a secretaria, os índices de 2016 representam uma taxa de incidência de 8,47 a cada 1 mil crianças nascidas vivas, "acima da média nacional comparado ao ano de 2013 que foi de 4,7 casos por 1 mil nascidos vivos".

"Fato preocupante pelo comportamento progressivo da doença e pela necessidade do longo seguimento dos casos pelos serviços de referencia devido às possíveis sequelas decorrentes da ausência e/ou tratamento inadequados das gestantes com sífilis", opina a Sesau, no boletim.
Outras doenças - Os casos são registrados junto ao Serviço de Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis. Em 2016 também foram registrados 44 casos de crianças, menores de 5 anos, expostas ao vírus HIV, o vírus da Aids. A Sesau foi notificada com 1 caso de criança com HIV.

Já com relação aos casos de Hepatite Viral, foram 27 casos em 2016 relacionados à Hepatite B e 49 de Hepatite C. "Por ser uma doença silenciosa, constituem um enorme desafio à saúde pública, como consequências, sua forma aguda grave ou, principalmente, pelas complicações das formas descompensadas crônicas ou por hepatocarcinoma", comentou a Secretaria.

Sífilis - Conforme orienta a Secretaria, "todas as pessoas sexualmente ativas devem realizar o teste para diagnosticar a sífilis, principalmente as gestantes, pois a doença na forma congênita pode causar aborto, má formação do feto e/ou morte ao nascer". Todos podem ter acesso ao exame, segundo a pasta, nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e UBSFs (Unidades Básicas de Saúde da Família).

"Durante a gestação o teste deve ser feito na 1ª consulta do pré-natal, no 3º trimestre da gestação e no momento do parto (independentemente de exames anteriores). O cuidado também deve ser especial durante o parto para evitar sequelas no bebê, como cegueira, surdez e deficiência mental", orienta a Sesau.

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