Com câmara quebrada, HR mantém uso de container para cadáveres há um ano
Há tentativa de compra de nova câmara mortuária, mas o processo ainda não saiu do papel
Além elevador quebrado, o Hospital Regional também sofre com a incapacidade de acomodar os pacientes que acabaram morrendo. A câmara mortuária do local tem capacidade para oito corpos, mas apenas quatro espaços dela estão funcionando.
Por causa disso, desde abril deste ano, container foi alugado para armazenar os cadáveres, assim como foi necessário no ano passado. Desde então, há tentativa de compra de nova câmara mortuária, mas o processo ainda não saiu do papel. Licitação aberta em setembro do ano passado resultou fracassada e novo procedimento ainda não foi aberto.
A ideia era adquirir 10 câmaras, com capacidade para dois corpos cada uma, totalizando 10 espaços para armazenamento.
Enquanto isso, o local se sustenta na manutenção dos corpos com container alugado por R$ 12 mil, sendo pagos R$ 2 mil ao mês, com contrato até outubro deste ano. Segundo esclarecimentos do hospital ao Ministério Público, a aquisição de container foi “inevitável” diante da pandemia do novo coronavírus, que ocasionou maior número de atendimentos e de mortos na unidade.
No ano passado, container começou a ser usado em julho, quando o ritmo de mortes por covid-19 em Mato Grosso do Sul começou a aumentar. Agora, um ano depois, a medida continua sendo necessária, não apenas devido à alta quantidade de óbitos, mas também porque parte da câmara mortuária no hospital está quebrada.
O HRMS informou que a manutenção do container é necessária diante do excesso de mortes por covid e que o equipamento será mantido até que nova câmara seja adquirida.