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Capital

Com esterilizadores quebrados, Saúde recorre ao HR e abre licitação

Ao menos 44 de 106 locais dependem de "leva e traz" dos utensílios, o que atrasa serviços e aumenta gastos

Lucia Morel | 03/01/2022 17:42
Utensílios acondicionados em autoclave para esterilização. (Foto: documento da Sesau com orientações para cuidados com autoclave)
Utensílios acondicionados em autoclave para esterilização. (Foto: documento da Sesau com orientações para cuidados com autoclave)

Com inúmeros aparelhos de esterilização de instrumentos médicos quebrados, as unidades de saúde têm recorrido à socorro do Hospital Regional e da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro Universitário para desinfecção. Prefeitura de Campo Grande mantém licitação de R$ 1,8 milhão em andamento para a manutenção dessas máquinas.

Há demora, no entanto, porque empresa que participou do processo em setembro do ano passado entrou com recurso contra a vencedora e o resultado da análise saiu em diário oficial apenas em 1º de dezembro. Conforme o parecer, o recurso foi acatado e nova data deverá ser agendada para a continuidade do certame.

Segundo servidores municipais que entraram em contato com a reportagem via Direto das Ruas, das cerca de 106 unidades de saúde – entre UBS, USF, UPA, Centro de Especialidades Médicas e de Atenção Psicossocial e Policlínicas Odontológicas – ao menos 44 estão sem poder usar a autoclave por estar quebrada.

Entre elas, as dos seis Caps (Centros de Atenção Psicossocial) e do CEM (Centro de Especialidades Médicas). Das UPAs e postos de atendimento 24 horas, apenas a máquina do Universitário está funcionando. “Isso vem gerando um gasto enorme de pessoal e despesas ao contribuinte, fora a sobrecarga sobre o pessoal do transporte”, relata o leitor que reclamou e não quer ser identificado.

Os equipamentos médicos que precisam ser esterilizados, todos os dias, vão para o Hospital Regional, se forem das unidades 24 horas. Os utensílios das unidades básicas são desinfectados na UPA Universitário.

A reclamação mostra que um dos maiores problemas é de logística, já que diante do aumento de locais com a autoclave parada, não há tempo de haver esterilização para posterior entrega e uso na unidade de destino, já que tudo é feito de carro, que vai de um lado para outro da cidade, enfrentando o trânsito.

O problema ocorre desde junho, quando algumas unidades 24 horas ficaram sem autoclave, mas se agravou em outubro, com aumento expressivo da quantidade de máquinas quebradas e precisando de conserto.

Conforme a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), “foi observado a necessidade de manutenção em algumas das autoclaves nas unidades de saúde da Capital” e assim, a pasta “estabeleceu um fluxo para atendimento destes locais, garantindo assim que não haja falta de material estéril para a realização dos procedimentos”, diz nota.

A pasta ainda declarou que “de forma excepcional, foi estabelecida uma rotina de entrega de material esterilizado e recolhimento daquele que já foi utilizado para a um local onde o equipamento está funcionando regularmente” e ressalta que “para sanar este problema de forma efetiva, há um processo licitatório aberto para manutenção corretiva e preventiva dos equipamentos”.

Conforme a licitação em andamento, as unidades de saúde públicas de Campo Grande possuem 159 autoclaves e alguns locais possuem mais de um aparelho.

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