Com farejador, Bope vasculha casa onde equipe foi recebida a tiros e acha droga
No local onde Cleyton dos Santos Medeiros morreu, policiais encontraram maconha, carregador de pistola 765 e a pistola 9 mm
O Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) usou cão farejador para vasculhar a casa onde equipe foi recebida a tiros antes da 7h desta sexta-feira (28), no Bairro José Abrão, em Campo Grande. No local onde Cleyton dos Santos Medeiros foi morto, policiais encontraram 1 kg de maconha, pinos e embalagens para o preparado da droga para a venda, um carregador de pistola 765 e a pistola 9 milímetros usada pelo homem contra os policiais.
Segundo o major Vinícius Souza, do Bope, Cleyton era uma das lideranças do PCC (Primeiro Comando da Capital), facção criminosa alvo da Operação Regresso, deflagrada nesta manhã pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), também foi apoio do Batalhão de Choque da PM (Polícia Militar).
“Ele era uma das lideranças e resolveu confrontar a equipe do Bope no cumprimento de mandado de prisão, reagiu e veio a óbito no local”, afirmou. Veja:
Conhecido como “G7” ou “Doido”, o homem de 30 anos chegou a ser levado para socorro na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Almeida, mas já chegou sem vida no local, segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).
Para os policiais que estavam nas ruas no cumprimento dos mandados, já havia aviso de que Cleyton era considerado extremamente perigoso. Ele tem passagens pela polícia registradas desde 2013 por tráfico de drogas, posse irregular de arma de fogo, violência doméstica e por entregar veículo a pessoa não habilitada. “G7” respondeu ainda a dois processos, por tráfico de drogas e por crimes de organização criminosa, abertos em 2013 e 2018.
A casa onde houve o confronto tem entradas por duas ruas no José Abrão, Teodoro de Carvalho e Jacobe Jordan. O imóvel pertence aos pais da namorada de Cleyton, que teria se mudado para o endereço e também trocado de apelido para despistar a polícia.
O pai e a namorada foram levados para prestar depoimento e depois liberados. As buscas na residência foram acompanhadas por duas testemunhas.
Em frente à casa, familiares aguardavam do lado de fora o cumprimento de mandado, sem saber da morte e muito apreensivos. Ninguém quis dar entrevista.
A operação – Em Mato Grosso do Sul, a Operação Regresso foi às ruas para cumprir 35 mandados de prisão preventiva, além dos mandados de busca e apreensão. Os endereços e alvos são em Campo Grande, Dourados, Três Lagoas e Corumbá.
A três dias do “aniversário”, o PCC foi alvo de mais uma operação. A facção criminosa faz 27 anos de fundação no dia 31 de agosto, próxima segunda-feira e a data deixa sempre a segurança pública em alerta. Em julho, o Gaeco fez duas operações contra o PCC: a Ponto Cego e Flashback.
