Com filho soterrado, pedreiro chora e diz que está com o coração doente
Desesperado e com os olhos cheios de lágrimas, o pedreiro Reginaldo Pereira Andrade, de 33 anos, assiste o trabalho dos bombeiros que tentam resgatar o filho, soterrado no lixão de Campo Grande.
O sentimento é de impotência. “Meu coração está doente. A vontade é de entrar lá e tirar o meu filho”, afirma.
Ele não sabia que o filho estava no lixão. A criança mora com a mãe. Os pais são separados há três anos.
Abalado, Reginaldo afirma que a ex-esposa “é uma irresponsável, que não trabalha e não sabe cuidar dos filhos”. Eles têm cinco filhos juntos: de 3, 4, 11 e 14 anos, além da criança soterrada, de 9 anos.
Lucilene Correia, a mãe do menino soterrado, afirma que não sabia que ele ia ao lixão.
O menino de 11 anos que foi pegar latinhas com o filho dela conta que eles estavam sobre um barranco, quando o lixo desmoronou.
“Nós estávamos em cima, mas na beirada. Eu saí correndo, mas ele não conseguiu”, disse.