Com prazo encerrado, sobe para 55 escolas aptas a voltar às aulas na segunda
Ontem era o último dia para escolas protocolarem termo de compromisso na Prefeitura; aulas retornam com Educação Infantil
Às vésperas da volta às aulas, 55 escolas protocolaram o termo de compromisso, exigência do decreto municipal que liberou o retorno da Educação Infantil na segunda-feira (21). Toda a documentação foi entregue ontem (18) na Vigilância Sanitária e também no Protocolo Geral, na Central de Atendimento ao Cidadão.
No levantamento do Sindicato (Sindicato das Escolas Particulares de Mato Grosso do Sul) eram 89 escolas que tinham a intenção de retornar, mas muitas não conseguiram se adequar às exigências que o decreto trouxe.
"Muita gente não vai começar agora, vai esperar uma semana, um mês, ver como vai reagir no cuidado das crianças", explica a presidente do sindicato, Maria da Glória Paim.
Normas - Foram quatro páginas publicadas no Diário Oficial do Município no último dia 14, com todas as normas para o retorno das crianças de 0 a 5 anos. Até laço de cabelo, por exemplo, está fora da lista do "novo normal". Nem comércio quando reabriu teve tantas determinações quando retomou o atendimento.
E foram as medidas exigidas que fizeram com que a enfermeira Natasha Morais, se sentisse segura em mandar a pequena Alice, de 2 anos e 7 meses para a escola. "Eu confio muito, acredito que a escola vai tomar todos os cuidados, as medidas de segurança e também porque só vai voltar ela e mais dois na salinha. Acredito que será mais tranquilo", comenta.
As exigências começam quanto aos alunos, só podem voltar as crianças que estão em Campo Grande no período igual ou superior a uma semana, tendo cumprido isolamento domiciliar voluntário de sete dias.
Para as escolas, quem reabrir deve respeitar lotação máxima de 30% da capacidade do estabelecimento. No cabelinho, as crianças não devem usar adereços e nem acessórios como brincos, pulseiras e anéis. E quem tiver cabelo comprido, precisa mantê-lo preso.
Funcionários e professores, por exemplo, são orientados a lavar as mãos, pelo menos, 10 vezes ao dia, desde o momento que chegam à instituição, até depois de tocar em objetos que foram manipulados por outras pessoas ou alunos.
Dentro da sala, as mesas e carteiras devem manter distanciamento mínimo de 1,5 metro entre os alunos, inclusive "considerando as movimentações dos alunos nas carteiras, que devem estar viradas para a mesma direção, ao invés de estarem posicionadas de frente uma pra outra. Essa é uma forma de reduzir a transmissão da doença causada por gotículas contendo vírus", justifica a prefeitura no texto.
Outra mudança é que os horários de entrada e saída dos alunos devem ser escalonados para evitar a aglomeração nas áreas de acesso. O decreto orienta que "sempre que possível, as áreas ao ar livre devem ser aproveitadas para a realização de atividades, desde que mantidas as condições de distanciamento físico e higienização de superfícies".
O uso de espaços para o "soninho” será permitido apenas para crianças de até 3 anos, em local com espaçamento de berços e bem ventilado.
Máscaras - É obrigatório o uso de máscaras faciais durante as aulas pelos adultos. A obrigatoriedade só não vale para crianças menores de 2 anos e o uso é facultativo para os pequenos quem têm até 6 anos.
Mesmo assim, em outro ponto, o decreto orienta que "os pais ou responsáveis pelos alunos devem ser orientados a encaminhar, junto ao material escolar, máscaras faciais adicionais, de acordo com o período de tempo que o aluno permanecerá na instituição, sendo recomendável a troca das máscaras a cada três horas, e recipientes individuais e identificados para guarda das máscaras utilizadas para posterior higienização".
Também devem ser cumpridas todas as normas de higienização, com uso de álcool gel e limpeza das salas a cada mudança de turma.
Na entrada - Precisa ser feita a aferição de temperatura de alunos e funcionários, com termômetro infravermelho. Pessoas e alunos que apresentarem temperatura igual ou superior a 37,8ºC e/ ou outros sintomas relacionados à covid-19 não devem ser admitidas na instituição de ensino.
Brinquedos - Uma das maiores preocupações dos pais, os brinquedos, tem parágrafos detalhados sobre o uso. Não devem ser usados aqueles que não possam ser limpos e higienizados. "Os brinquedos que as crianças colocaram na boca ou que estão contaminados por secreções ou excreções corporais devem ser deixados fora do alcance das crianças, até que sejam limpos e desinfetados por um funcionário da instituição".
Os brinquedos que necessitam ser higienizados devem ser guardados em recipiente liso, lavável e identificado e mantidos fora do alcance das crianças;
Bibliotecas devem ter o retorno gradual e parcial, "com avaliação contínua sobre a possibilidade do uso seguro destes espaços, principalmente em relação ao serviço de consulta de livros"
"Se houver um ou mais casos confirmados de covid em uma mesma sala, as instituições de ensino devem suspender imediatamente as atividades presenciais da turma pelo período de sete dias, podendo ser estendido até 10 dias ou mais, de acordo com os resultados do monitoramento de sintomas", define a prefeitura.