Com trânsito "afogado", Rua Ceará ganha pontos com congestionamento
Com picos de grande fluxo, a Rua Ceará começou a ganhar vários pontos de congestionamento. Nas primeiras horas da manhã, tarde e noite, a presença de muitos carros "afoga" o trânsito e os motoristas já a caracterizaram como insuportável. A maior queixa é na rotatória, que liga a Ceará com Rua Joaquim Murtinho, e em frente à Universidade Anhanguera-Uniderp.
A estudante Juliana Batistoti, 23 anos, vai de carro todos os dias para a faculdade. Para não se atrasar para a aula, ela precisa sair 40 minutos antes do horário de início. “É muito lotado, insuportável. Tem dias que temos que esperar uns 15 minutos para conseguir ir de um ponto ao outro”, relatou.
Os horários de entrada e saída do trabalho são os que mais lotam a rua. “Esses horários de pico, principalmente no horário de almoço, dificultam o trânsito. A rotatória é o local onde mais se congestiona”, reconheceu o publicitário Claudenir dos Santos, 35.
Os motoristas admitiram que o problema deva ser causado pelo grande número de estudantes da universidade. O autônomo Paulo Roberto Sousa Soares, 35, disse que a via não comporta o fluxo de veículos. “Quando fecha o sinal fica um a fila grande, chegando até o pontilhão”, afirmou.
A equipe do Campo Grande News atravessou a Ceará nos períodos de pico, relatados pelos motoristas. O pior ponto encontrado foi na rotatória da Joaquim Murtinho. Vários carros tentavam atravessar ou fazer o retorno, mas o fluxo intenso deixou o tráfego lento.
“Eu creio que o congestionamento acontece por conta da rotatória”, comentou o autônomo. Sirlei Rodrigues, 52, vende pipoca em frente à universidade e vê a movimentação da rua todos os dias. Ela disse que muitos alunos já reclamaram do trânsito do local. “Aqui fica tudo parado”, afirmou.
“Mas os alunos também se arriscam muito, tem a faixa na entrada da universidade, mas eles acabam atravessando em outros lugares”, acrescentou Sirlei.
Por conta do congestionamento, a estudante Aline Barros, 23, assegurou que muitos acidentes ainda poderão acontecer na Ceará. “Vários carros quase batem uns nos outros aqui. Hoje os motoristas estão sem paciência, com muita pressa”, afirmou.
Quem utiliza o transporte coletivo também sofre com os congestionamentos na rua. A estudante Celia Beatriz, 34, que mora no Conjunto Aero Rancho, estuda na Anhanguera-Uniderp e demora cerca de uma hora para chegar à universidade. “O ônibus fica parando muito, por isso demoro pra chegar à faculdade”, admitiu.