Com viagem marcada, delegado fará reunião por telefone com titular da Sejusp
"Temos que estar pautados pela legalidade para assistir ambos com o mesmo direito ", diz secretário
Após perseguição policial na Avenida Mato Grosso, em Campo Grande, envolvendo o delegado-geral da PCMS (Polícia Civil de Mato Grosso do Sul), Adriano Garcia, e uma motorista de 24 anos, que terminou com tiros, a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) convocou uma reunião com o delegado, porém a conversa deve aconteceu nesta tarde (17) por telefone. O delegado está com viagem marcada para Curitiba (PR).
O Campo Grande News conversou com o secretário, Antônio Carlos Videira, que informou que não conseguiu conversar ainda com Adriano pois teve atrasos em suas agendas.
Videira disse que teve conversa preliminar com o delegado ontem e hoje pela manhã. "Ele narrou a ocorrência. Adriano é um policial experiente, justificou o porquê, mas não é so justificar, mas trazer pra dentro do inquérito a versão das outras pessoas envolvidas", explicou.
Ainda segundo Videira, foi pedido celeridade na análise das imagens da "GoPro" no carro da condutora. "Queremos dar ampla defesa, a menina dar a versão dela, ela já apresentou o chip. Temos que ter acesso a essas imagens, ouvir o delegado, ouvir o policial militar que presenciou. Queremos apurar com a maior transparência possível, independentemente de ter sido o doutro Adriano ou qualquer outro policial", disse Videira.
A reunião entre ambos será para entender melhor o que aconteceu e discutir o reflexo disso. "Mas temos que estar pautados pela legalidade para assistir com o mesmo direito o delegado e a estudante", concluiu.
O caso, em princípio registrado na Depac, deverá ser investigado pela 3ª Delegacia de Polícia Civil da Capital.
A confusão ocorreu na noite de quarta-feira e terminou com tiros disparados pelo delegado-geral nos pneus de uma motorista, artesã de 24 anos. Em sua versão, o delegado afirma que a jovem estava fazendo manobras perigosas, não respeitou a abordagem e tentou o atropelar, sendo que precisou efetuar os disparos.
No entanto, a jovem nega que tenha cometido qualquer imprudência no trânsito. Ela acredita que foi perseguida após mostrar o dedo do meio para o delegado, quando levou uma buzinada no sinal.