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Capital

Com voos lotados, passageiros fazem "fila e fila" para pegar malas e táxi

Mariana Lopes | 14/09/2013 09:31
Sala de desembarque cheia de passageiros aguardando as malas na esteira do aeroporto (Fotos:João Garrigó)
Sala de desembarque cheia de passageiros aguardando as malas na esteira do aeroporto (Fotos:João Garrigó)

Desde o início de setembro, o Aeroporto Internacional de Campo Grande está com a pista fechada, das 21h às 7h, para obra de recapeamento, e a situação gerou tumulto principalmente na sala de desembarque, além de provocar críticas de passageiros descontentes com a falta de estrutura do local.

"A esteira desse aeroporto é muito pequena e isso gera um tumulto na hora de os passageiros pegarem as bagagens. Tive sorte de a minha mala ter sido uma das primeiras a vir", observa professora aposentada Luzia Custódio da Cunha, 65 anos. Ela é de Maceió e veio a Campo Grande visitar a família.

O pecuarista Natanael Cintra, 66 anos, conta que ficou aproximadamente  20 minutos na sala de desembarque esperando a mala dele chegar à esteira. "Isso porque tinha bagagens de passageiros de apenas um voo. Imagina se chegassem Tam e Gol? Não teria condições", pontua o pecuarista, que chegava de viagem dos Estados Unidos.

A principal crítica de Cintra é em relação às condições do aeroporto. "Viajo muito e já passei por vários aeroportos, não tem como comparar, aqui não cabe mais o número de passageiros que existem", observa o pecuarista.

Depois de conseguirem pegar mala, a próxima etapa é conseguir um táxi
Depois de conseguirem pegar mala, a próxima etapa é conseguir um táxi

Depois das manobras para pegar a mala, para muitos passageiros a próxima etapa é conseguir um táxi. Em uma matemática rápida, o taxista Alfredo Rocha calculou que quando chegam três voos próximos, em média 100 passageiros solicitam táxi em um curto espaço de tempo.

Considerando que o aeroporto possui somente 38 taxistas credenciados, é impossível que alguém não tenha que esperar pelo menos uns 15 minutos para conseguir um veículo. "Geralmente fazemos corridas curtas, levamos as pessoas a hotéis próximos do aeroporto, então é o tempo de conduzir um passageiro enquanto o próximo pega a bagagem na esteira", explica Alfredo.

Segundo o presidente do Sindicato dos Taxistas, Bernardo Quartine Barrios, com a obra e a suspensão dos voos noturnos agora há "horários de pico", quando chegam dois ou três voos lotados, já que as companhias tiveram que encaixar os passageiros em voos durante o dia, e depois o movimento para completamente e os taxistas podem até ir embora.

"Mas está dentro da normalidade, não é algo que vá causar um prejuízo a quem viaja, os taxistas estão dando conta da demanda", afirma o presidente.

Os horários mais complicados, de acordo com o taxista, são das 8h às 9h, das 13h às 15h, e das 20h às 21h. Para controlar o fluxo de trânsito, a Agetran (Agência municipal de Trânsito) até aumentou o número de fiscais no aeroporto, que agora conta com quatro em cada turno, conforme informou o agente Giuseppe Pelegrini, que cumpre escala durante a tarde.

“Temos dois fiscais só para controlar o fluxo dos táxis e outros dois que ficam responsáveis pelos carros particulares e também pelos pedestres. Temos que fazer o trânsito fluir, e nos horários de pico é bem complicado”, explica Pelegrini.

A reportagem tentou contato com o assessoria de imprensa da Infraero de Campo Grande, mas não teve resposta.

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