Comercialino roxo: amigo se lembra de Pelezinho, que morreu na Júlio de Castilho
Tarcirio da Silva Jacob, de 74 anos, jogava pelo Comercial por volta de 1970 e morreu hoje após um mal súbito
Conhecido como Pelezinho, Tarcirio da Silva Jacob, de 74 anos, jogou pelo Comercial por volta de 1970. Ele morreu na manhã deste sábado (24), após sofrer mal súbito e bater o carro que dirigia em um poste, na Avenida Júlio de Castilho. Colega de time se lembra com carinho do ex-jogador, que já foi professor e morou por dez anos no Japão.
Mauro Belarmino atuou no Comercial na década de 1980, depois que Tarcirio já tinha pendurado as chuteiras, mas ele se lembra dos reencontros com o jogador. “Sempre encontrava ele pela cidade. Era muito torcedor do Comercial, falava da época que jogou. Era muito alegre, uma pessoa que gostava da vida”, conta.
Em 2014, uma matéria do Lado B mostrou que, aos 65 anos, Tarcirio vendia queijo e ovos caipiras em algumas feiras livres de Campo Grande. Na juventude, ele estudou pedagogia e atuou na área por pouco tempo.
Depois, o amor pela falecida esposa o levou para o outro lado do mundo. Ela era descendente de japoneses e por isso, o casal foi morar no país asiático. Lá, ficou por mais de dez anos, trabalhou em fábrica, até aprender o idioma e virar tradutor de português.
Após a morte da esposa, ele perdeu a cidadania japonesa e voltou para o Brasil em 2009, quando passou a trabalhar em feiras de Campo Grande.
O acidente - Tarcirio dirigia um veículo Ford Fiesta Branco, estava sozinho e bateu em um poste na Avenida Júlio de Castilho esquina com a Rua Leônidas de Matos, na Vila Alba, em Campo Grande.
Ele desceu a Rua Nioaque na contramão e quando chegou no cruzamento bateu no poste. “Com certeza ele já estava passando mal, acho que já estava desacordado”, diz o funcionário de uma loja que fica próximo ao local do acidente e preferiu não se identificar.
De acordo com a testemunha, não foi uma batida forte. “Praticamente só encostou no poste. Fui até lá e ele já estava desacordado. Um rapaz que também tentou ajudar viu que os sinais vitais dele estavam fracos”, contou a testemunha.
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