Comerciante é achado pela polícia e diz que foi ameaçado de morte por agiota
Delegacia de Homicídios teve acesso a lista com os nomes dos credores e caso será investigado
Desaparecido desde quarta-feira, o comerciante Adriano Villarino da Costa, 34 anos, foi encontrado por policiais da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios) e disse que sumiu depois de ser ameaçado de morte por um dos agiotas que deve. A Polícia Civil teve acesso a lista de credores e agora, o caso será investigado.
Em um vídeo de pouco mais de quatro minutos, Adriano leu anotações feitas em um caderno, onde diz que está bem, vivo, porém “sem cabeça para falar tudo o que está passando”. Ele agradece a preocupação dos amigos e familiares e pede desculpas.
Na sequência, o comerciante se diz envergonhado pela exposição da vida pessoal, mas confirma a informação de que deve agiotas. “Devo algumas pessoas sim e fui ameaçado de morte por uma delas. Estou com muito medo e, por esse motivo, fiquei desorientado, andando sem rumo e sem comunicação”, explica.
Ele negou que estivesse fugindo e afirmou que vai pagar os credores. Por fim, completa que o celular foi apreendido pela polícia e que, agora, investigadores tiveram acesso aos nomes dos agiotas. “Não por minha vontade, meu celular foi para a delegacia e cada pessoa que devo está sendo listada e investigada. Lá, eu confirmei todos os nomes”, finaliza.
Antes de as imagens terminarem, Adriano pede para que os agiotas não procurem amigos, nem familiares dele. Ele encerra chorando e diz que irá se “reerguer e virar essa página da vida”.
O caso - Adriano Villarino da Costa, 34 anos, desapareceu por volta das 8h30 de quarta-feira (12) ao voltar para a casa, na Rua Rio de Janeiro, no Bairro Monte Castelo, em Campo Grande.
Conforme boletim de ocorrência, por volta das 8h, Adriano deixou o carro no pet shop da esposa, de 36 anos, na Avenida Afonso Pena, no Centro. Ao retornar para a casa, ele chamou um motorista de aplicativo e sumiu.
Familiares contaram que ele não tem problema com droga, mas apresenta um quadro depressivo e devia cerca de R$ 150 mil para agiotas. O desaparecimento foi registrado e investigado pela Delegacia de Homicídios.